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Jovens sem estudar, sem trabalhar, sem formação

por franciscofonseca, em 14.10.12

O futuro da sociedade poderá estar comprometido e as repercussões, sociais e psicológicas, podem ser esmagadoras. Os jovens nos últimos anos começaram a integrar as fileiras do desemprego, são uma geração que tarda em assumir compromissos e responsabilidades inerentes à idade adulta.

Muitas explicações têm sido dadas quer psicologicamente, quer sociologicamente. Mas, o fato de não tencionarem sair da casa dos pais, não quererem casar, nem ter filhos, será mesmo uma opção? Estou em querer que nos últimos anos, não são os jovens que estão a escolher os seus caminhos, mas sim o poder económico e as suas circunstâncias.

Todos sabemos que o emprego para a vida morreu enquanto garantia, o emprego pós licenciatura ou mestrado está igualmente moribundo. Assim, completar os estudos, sair de casa dos pais, obter independência financeira, casar e ter filhos são colocados, por muitos, na gaveta, à espera de melhores dias.

A nova realidade económica está a alterar a forma como pensamos na idade adulta, pois o caminho da independência financeira, que a define, está cada vez mais longo e com mais obstáculos pela frente. Desta situação emergem dois problemas: o desapontamento, que esta geração em crescimento pode ter relativamente ao contrato quebrado com a sociedade e o outro na manifestação dos efeitos psicológicos da recessão causando descomprometimento, ostracismo e até depressão.

Os níveis de otimismo colapsaram, o stresse a ansiedade aumentaram exponencialmente, devido à incerteza trazida por este mundo global. Podemos imaginar os potenciais problemas que daqui resultarão, para a sociedade enquanto um todo, contudo as verdadeiras repercussões ainda são especulativas, mas a sociedade como hoje a conhecemos será sem dúvida diferente no futuro.

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publicado às 12:06

O ano de 2012, no zodíaco chinês é o ano de dragão de água. Uma figura mitológica carregada de sucesso e de sorte, mas ao mesmo tempo totalmente imprevisível e arriscada. No caso de português eu diria muito arriscado. A realidade portuguesa é desesperante. No fim da década de 80, Portugal era um país atrasado, não industrializado e de forte emigração; em 2012, Portugal continuará a ser um país sem oportunidades, não desenvolvido e de fortíssima emigração.

A crise em Portugal tem muitos anos. Há quem afirme que a Batalha de São Mamede, em 1128, aconteceu porque D. Afonso Henriques descobriu que a mãe, D. Teresa, deixara um enorme buraco nas contas públicas. Estou em querer que esse buraco nunca foi tapado ao longo dos séculos, ficando cada vez mais fundo com o passar dos anos.

Hoje, a classe política afirma que vivemos num país desenvolvido, moderno e em crise. Mas a realidade é que temos uma gigantesca dívida pública, que ninguém faz a mínima ideia, de como fazer para a pagar. Somos um país sem agricultura, sem pescas, sem indústria, que vive das importações.

Vivemos num país que tem jovens bem preparados, mas sem oportunidades de trabalho para lhes dar. Chegamos ao ponto de ver os principais governantes, a incentivar os jovens a emigrarem, reconhecendo que terão na emigração um melhor futuro, pois Portugal não lhes dá oportunidade de serem úteis à sociedade.

O que custa a engolir não são os discursos aberrantes desta gente, o que me custa é ver milhares de jovens a cortar o seu futuro com Portugal. O que me custa é ver as melhores empresas a sair do país, porque aqui não conseguem crescer. O que me custa é ver a gente mais qualificada, mais preparada desistiram do seu futuro em Portugal. Estes são os grandes problemas, dos quais depende o fado português.

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publicado às 12:18

Qual vai ser a idade dos jovens em 2050

por franciscofonseca, em 24.05.11

O nosso planeta está em fase de transformação acelerada. Os milhões de jovens vão herdar uma pesada herança, legada por gerações, que tiveram um único pensamento durante décadas, que consistiu no desenvolvimento e crescimento económico a todo o custo, sem qualquer preocupação em relação à sustentabilidade dos recursos naturais e dignidade humana.

Existem neste momento 1,3 mil milhões de jovens que vivem na fronteira entre a infância e a vida adulta. Embora a esmagadora maioria destes adolescentes vivam em países em desenvolvimento, enfrentam riscos elevados, nomeadamente ao nível da saúde, da alimentação, do abuso de substâncias psicotrópicas, da empregabilidade, do clima e da sua própria desestruturação.

Actualmente no mundo existem cerca de 100 milhões de jovens sem trabalho, os países desenvolvidos e em desenvolvimento correm o risco de perder o seu recurso mais valioso, que é a força produtiva de trabalho e talento dos jovens, ou seja, vamos assistir à perda de gerações. Esta força de trabalho poderia contribuir muito significativamente para o crescimento das economias destes países e para o equilíbrio e sustentabilidade dos sistemas de segurança social.

Inevitavelmente, os jovens de hoje têm pela frente enormes desafios mundiais, que terão implicações muito profundas no seu futuro. A começar pelo sistema financeiro arquitectado, a turbulência económica global, as alterações climáticas, a degradação ambiental e a desertificação de grandes áreas, o envelhecimento das sociedades, uma urbanização desregrada e explosiva e por fim, as frequentes calamidades humanitárias.

O homem de hoje perdeu o sentido de responsabilidade individual e colectiva, não assegurando os direitos básicos do futuro dos jovens, principalmente o direito à sobrevivência, ao desenvolvimento sustentado, à protecção e à participação cívica nas comunidades globais. Os jovens de hoje serão muito mais velhos em 2050, independentemente da própria idade.

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publicado às 20:15

A sobrevivência dos jovens depende da mudança

por franciscofonseca, em 18.03.11

Charles Darwin foi quem desenvolveu a teoria da evolução das espécies. Nas suas experiências, estudos, os que sempre venceram foram aqueles que melhor se adaptaram à mudança e não os mais fortes ou os maiores. Penso que esta teoria se aplica aos nossos dias, quer ao nível dos cidadãos, empresas, sociedade e país.

Os tempos difíceis, como aqueles que enfrentamos actualmente servem para aperfeiçoar os indivíduos. Passamos por uma grande oportunidade, para refinarmos comportamentos, atitudes e hábitos. A lamentação, a pouca auto-estima e a maledicência, de nada nos valerá para ultrapassar estes tempos conturbados.

A grande e verdadeira luta que, temos pela frente prende-se, com a forma como aproveitamos a mudança global. Compreender esta mudança é a chave para encontrar a atitude colectiva correcta, para vencer os desafios. Neste mundo de incertezas em que vivemos, a única certeza que podemos ter é mesmo a mudança.

O desenvolvimento tecnológico acontece a uma velocidade estonteante. A globalização é universal, incontornável, competitiva, exigente, e culturalmente neutralizante. Não é por acaso, que vemos hoje ditaduras dissiparem-se em dias, o que faz, com que o poder seja cada vez mais relativo e efémero. Os direitos adquiridos no passado e presente, já não servem como garantias para o futuro.

Quer-me parecer que os nossos jovens, a chamada “geração à rasca” que cresceram e foram educados em condições privilegiadas, durante a sua adolescência, têm como inimigos principais a resignação e a vitimização. Estes são porventura, os principais entraves ao seu futuro. Os jovens têm de se adaptar à mudança, serem empreendedores, criativos, inovadores e terem muita coragem

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publicado às 21:14


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