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Os governantes portugueses apresentaram o Orçamento de Estado para 2013, um orçamento carregado de austeridade, que vai exigir um esforço colossal à maioria dos portugueses, já sufocados com impostos. Mas esta receita irá provocar efeitos muito nefastos, na sociedade, na economia e principalmente naqueles que dependem do trabalho para sobreviver.

Os protestos em Portugal e por essa Europa fora são cada vez mais participados, começam a incomodar os políticos e as políticas desenhadas pela senhora Merkel. O desafio passa por transformar toda esta energia numa compreensão da atual situação em que vivemos. Os políticos europeus podem estar a subestimar uma linha muito ténue, que existe entre descontentamento e revolta.

A oligarquia financeira europeia está a impor um genocídio social em que o rastilho poderá dar origem à explosão. Os movimentos socias multiplicam-se, em muitos casos apartidários e multigeracionais e as manifestações massivas contra a austeridade invadem as capitais europeias. Os cidadãos europeus estão cada vez mais descontentes com os seus governos nacionais, em particular, e com a Europa, no geral.

Em Portugal os políticos têm ignorado a voz do povo. As eleições têm sido vistas como despojadas de sentido na medida em que políticas neoliberais, que promovem a desregulação do mercado, as privatizações e o mercado laboral flexibilizado, são perseguidas de formas demasiado similares seja qual for o governo. Desta forma as principais instituições políticas são consideradas como corruptas, ineficientes, ineficazes e irrelevantes, e os protestos explodem nas ruas.

É necessário uma outra forma de fazer política, diferente da política europeia dominante, percecionada como elitista e tecnocrática. O mais significativo que tudo o resto, terá de ser uma política centrada nas preocupações dos seus cidadãos comuns. Se nada for feito, os protestos poderão infligir uma mudança drástica na caminhada europeia. O povo é quem mais ordena e está de costas voltadas para as elites políticas. A linha que separa o descontentamento de uma verdadeira revolução é ténue. E os apelos à revolta fazem-se ouvir cada vez com mais frequência.

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publicado às 17:29

Já abriu a caça ao coelho

por franciscofonseca, em 15.09.12

Hoje o povo português saiu à rua e mostrou que não está resignado, mostrou sim que está vivo e com grande civismo. Um verdadeiro exemplo para todo o mundo. Esta energia da sociedade portuguesa tem de ser aproveitada para criar uma nova ideia para Portugal. Os problemas de Portugal têm de ser resolvidos por uma nova ideia de participação democrática, onde acabem os privilégios e se instale o mérito, onde a autenticidade, a simplicidade e a humildade sejam os pilares das novas ideias para uma estratégia de futuro. Viva Portugal e parabéns por esta manifestação de valentia, dignidade e grande civismo.

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publicado às 20:55


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