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Sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno

por franciscofonseca, em 01.11.11

Portugal e os portugueses vivem tempos de grande incerteza. A ansiedade cresce a cada dia que passa, os resultados dos sacrifícios impostos pelo governo são inteligíveis. É quando a maré baixa que percebemos quem estava nadando nu e, no caso português estava o próprio Estado, as instituições, as empresas e a maioria dos portugueses.

Em tempos de crise económica, social, sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno. Este já foi o espirito dos portugueses, mas que se foi perdendo ao longo de gerações, assim como se perdeu a memória coletiva. Somos de fato um povo sem memória coletiva. Chegou a altura de voltarmos a sonhar em grande.

Mas temos de ter cuidado, pois imaginação sem execução é alucinação. Este tem sido o grave problema dos nossos governantes, desde há muito tempo. Devido a amplitude das mudanças económicas que estão em curso, a tentação para muitos governantes e estrategistas será a da paralisia diante da crise. Este é o grande erro que está em curso.

Os tempos de dificuldades devem servir para aguçar o apetite do aprendiz e desta forma transformar os problemas em oportunidades. Devemos optar por uma ação baseada em valores compartilhados gerando sentido para o trabalho e alimentar a inovação. Temos de voltar a produzir mais do que consumimos, potenciar e diferenciar os nossos produtos além-fronteiras.

Temos de promover uma cultura única, uma cultura de alto desempenho, uma cultura de honestidade intelectual, uma cultura de encarar e solucionar os problemas e por fim uma cultura de promoção da meritocracia. Não podemos rejeitar o nosso futuro coletivo, com a desculpa e medo do desconhecido. Somos um país com uma longa história e temos de ser capazes de encontrar os melhores pilotos, que demonstrem confiança e clama ao anunciar que o país passará por turbulência nos próximos anos.

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publicado às 15:16

Só a meritocracia pode tirar Portugal deste buraco

por franciscofonseca, em 01.04.11

Portugal atravessa uma das maiores crises de sempre, que na minha opinião, os efeitos devastadores só agora se começam a fazer sentir. Os jovens deste país, que têm o seu futuro hipotecado vão ter de ir procurar trabalho onde ele existir, dentro ou fora de fronteiras, mesmo tendo muitas qualificações e diplomas na mão.

A empregabilidade em Portugal nunca foi verdadeiramente competitiva, nunca se regeu por um sistema de meritocracia, ou seja, os jovens quando não conseguiam emprego no privado, tinham sempre um familiar no funcionalismo público, que dava sempre um jeitinho e conseguia o chamado emprego para toda a vida.

Esta realidade é do domínio público, os níveis de meritocracia em Portugal são dos mais baixos entre os países desenvolvidos e, esse é um dos principais entraves ao desenvolvimento e afirmação do país. Se olharmos para o Estado é uma autêntica epidemia, mas esta enfermidade também afecta o sector privado.

O país assiste diariamente a fuga de talentos, os jovens deixaram de ter confiança nas instituições e no poder político. Assim, ficamos mais pobres a
cada dia que passa, mas o pior é que nada está a ser feito, para que seja criado um verdadeiro sistema de meritocracia, onde os lugares de responsabilidade sejam atribuídos aos mais competentes, de forma a estimular a fixação e o regresso dos nossos talentos. Mas para que isso aconteça é necessário acabar com os lugares reservados, para aqueles e só aqueles, com cartão do partido, o que acho muitíssimo improvável que possa acontecer.

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publicado às 18:25


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