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Confiança e desconfiança

por franciscofonseca, em 11.04.09

De facto não somos suficientemente virtuosos, desde tenra idade que somos levados a desconfiar, pela mão dos nossos pais. Eu próprio, que ultimamente tenho reflectido sobre o tema da confiança, chego a conclusão que é muito difícil confiar totalmente numa pessoa.

Em alturas de maior tensão ou crise como a que vivemos presentemente, em que as instituições não confiam, elas próprias, umas nas outras, que as pessoas não confiam nas instituições, nos governantes, nos políticos, nos bancos, nem em si próprias…sem qualquer margem de dúvida, está na moda não confiar!

Neste estado de coisas, caminhamos para a destruição do capital social, abrem-se grandes feridas na coesão social, nas redes sociais, na cooperação. Ou seja, temos vindo a ferir o relacionamento entre as pessoas e a levar à morte as instituições.

Por outro lado a autoconfiança é fundamental para tudo que queiramos fazer na vida, para qualquer trabalho que queiramos realizar. Temos de ter esperança que vamos conseguir, que vamos ser capazes. Penso, que deveríamos colectivamente enveredar pelo caminho da confiança.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 18:40

Complicação ou simplificação

por franciscofonseca, em 09.04.09

Hoje todos nos falamos que a culpa é do sistema. O sistema não funciona, contra o sistema não vale a pena lutar, temos de alterar os paradigmas, os comportamentos, e um cem número de outras palavras complicadas.

 As vezes ponho-me a pensar e surge-me esta pergunta: - somos complicados por natureza? Ou será necessário olhar para as coisas complicadas e torná-las simples. Os momentos por que passamos actualmente, tem muito a ver com a nossa capacidade de complicar aquilo que é simples e, não conseguirmos simplificar aquilo que é complexo.

 

Por exemplo, os princípios económicos que fomos ao longo da história construindo, vão continuar a prevalecer e a dominar a economia mundial. Mas será necessário acrescentar outros de grande importância para o sistema funcionar, como a responsabilidade social, a coerência ética e a capacidade de auto-regulação.

 

Para completar o puzzle é necessário, à sociedade civil deixar o comodismo e fortalecer ao nível dos princípios, passando por uma reforma dos partidos políticos e do sistema eleitoral.

 

Será impossível continuar num sistema da crítica pela crítica, tem de haver um comprometimento daqueles que a fazem e, o sistema de cartel instalado que serve o Estado, tem de sofrer a intervenção de outros agentes que fiscalizem os dirigentes.

 

Muito sinceramente acho que poderíamos  simplificar muito mais a nossa existência!

Francisco Fonseca

 

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publicado às 00:34

A jovem democracia abalada

por franciscofonseca, em 07.04.09

A sequência de casos suspeitos envoltos pela corrupção que são noticiados em Portugal, agrava a confiança dos cidadãos nas instituições da jovem democracia.

O problema da corrupção parece ser sério e tem um efeito de esvaziamento da legitimidade democrática, de forma que a normalidade da vida institucional é substituída pelo surrealismo que passa por atacar a moral com mentiras organizadas.

Cada campo do espaço político procura desqualificar o adversário com apelos à reputação da classe política, trazendo sempre o perigo do suicídio das instituições.

De facto, uma das características fundamentais de um sistema social coeso é a legitimidade de suas instituições públicas. É esta legitimidade que permite que as autoridades públicas exerçam os mandatos com autoridade e eficiência, e com o mínimo de coerção.

A abordagem ao fenómeno da corrupção no país tem de mudar e tem de começar pela adopção, na minha opinião, de mudanças institucionais que garantam o exercício com transparência de cargos políticos e institucionalizar uma cultura de valores e de normas que reforcem a honestidade e integridade.

O jovem sistema democrático Português não suporta viver muito tempo neste clima de suspeição, deve-se o mais rápido possível apurar a verdade, repor a normalidade institucional, para que o seu funcionamento seja eficaz e eficiente.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 23:49

Políticos, dirigentes, gestores, comandantes e chefes

por franciscofonseca, em 31.03.09

Vivemos num mundo em constante mudança, que cada vez acontece mais rápida, em que as novas ideias se sucedem a um ritmo vertiginoso. Acompanhar estas novas ideias é um trabalho árduo, pois o tempo é escasso, mas uma necessidade premente, caso não se consiga aguentar este esforço, fica-se para trás irremediavelmente, como está a acontecer com a nação lusa.

A arte de lidar com pessoas não é fácil, dominá-la muito mais difícil se torna, pois o simples acto de comunicar é muito mais do que dar uma ordem para cumprir uma missão, com um determinado conteúdo.

Por outro lado, os políticos, os dirigentes, os gestores, os comandantes e os chefes, cada vez mais estão sujeitos a pressão para a obtenção de resultados, e desta forma quase não há tempo para se dizer o que se quer dizer, quanto mais na forma como se vai dizer.

Deste ciclo vicioso surgem muitas vezes conflitos, devido a má comunicação de variada ordem. Assim, nasce a necessidade destas pessoas terem uma capacidade de negociação para por termo aos conflitos criados, o que na maior parte dos casos não existe, por falta sobretudo de formação adequada nesta área.

Mas na minha opinião, todas nós temos de incrementar uma mudança em termos comportamentais, sei que não é nada fácil, mas é necessário para uma mudança da cultura produtiva do nosso país.

A mudança passa essencialmente pelo seguinte, todas elas tem de saber fazer uma boa comunicação em vez de decretar, que é a pratica corrente adoptada. Depois tem de fazer outro esforço que passa por persuadir em vez de ordenar, o que normalmente acontece através do despacho em papel. Por último, tentar fazer uma boa negociação, onde exista o comprometimento mútuo, em vez de impor algo através da superioridade hierárquica, que no curto prazo até pode funcionar, mas no médio e longo prazo torna-se a causa do problema.

Mas, mudar os hábitos, comportamentos que se tornaram repetitivos, torna-se uma tarefa difícil, caso contrário os fumadores deixavam de fumar, os obesos mudavam de hábitos alimentares e toda a gente praticava exercício físico.

Esta mudança comportamental, requer muita disciplina, perseverança e um compromisso pessoal para tentar em cada dia de tomada de decisões fazer diferente e melhor do que no dia anterior, só desta forma se conseguirá mudar a burocracia arrepiante que as pessoas padecem em Portugal.

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publicado às 19:42


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