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Há muito tempo que não escrevia nenhuma reflexão. Mas o dia de hoje ficará certamente marcado na história de milhões de pessoas.

Uma nova era começa caracteriza pelo individualismo. As escolhas racionais feitas em trono das famílias, da comunidade, das virtudes, dos erros, dos acertos, dos vícios, moldavam a nossa própria história. Hoje a interdependência social dá lugar a independência social. É este o perigo da ilusão de independência, que gera o egoísmo e a insensibilidade.

A sociedade de hoje é caracterizada pelo individualismo, que é gerador de uma perceção de vida mais acelerada, o tempo parece curto para tudo o que queremos e temos obrigação de fazer, e cada vez mais o ser humano está só nas esferas individuais, num mundo cada vez mais tecnológico e conectado.

O ser humano, regra geral, procura justiça, segurança, educação e saúde. O pensamento séptico não acredita na força coletiva, que por sua vez leva a tentação de querer encontrar coisas fáceis e respostas rápidas no mundo moderno, estamos cada vez mais sozinhos e mergulhados em nós próprios! A individualização instala-se e consequentemente leva-nos à solidão. Os indivíduos nunca tiverem tanto e, no entanto, nunca se sentiram tão sós. A escassez de relacionamento interpessoal, cada vez mais passa a noção que estamos sozinhos e incompletos. Este é o maior contra cesso da sociedade individualista que veio para ficar. Estes comportamentos e padrões acabam por ser nocivos e destrutivos para o nosso bem-estar, mental e físico.

Aos padrões da cultura vigente são a supremacia do individualismo, em detrimento do altruísmo e do personalismo. Todos os outros são colocados em segundo lugar e até descartados. O individualismo estalado e globalizado, na nossa sociedade traduz-se na absolutização do ter, do poder e do prazer. Os outros são derrotados, descartáveis, sobrantes, excluídos e marginais.

Este admirável mundo, que nunca imaginei experienciar será com certeza mais incerto, mais arriscado e mais pobre.  O individualismo egoísta globalizado vai gerar certamente “povos da opulência”, mas seguramente vai gerar muito mais “povos da indigência”. Esta realidade vai alargar as desigualdades entre ricos e pobres, o império do mercado e a iniquidade social. Esta sociedade egoísta é o caminho para o abismo. A história recente demostrou isto mesmo.

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publicado às 16:31

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Os princípios orientadores da gestão moderna nasceram no século XIX e já não respondem as necessidades nem de quem lidera, nem de quem é liderado. Os modelos de gestão ainda são baseados no controlo, na disciplina, na eficiência e eficácia, no seio de organizações ainda muito rígidas, pouco dadas à inovação e desinspiradas para a mudança, devido ao controlo hierárquico obsoleto, principalmente nas organizações sob a alçada do Estado.

Por outro lado, se fizermos uma caraterização do mundo laboral verificamos que cerca de 85% dos trabalhadores não gostam do trabalho que fazem, não se sentem envolvidos, nem comprometidos nos seus postos de trabalho. Estamos a falar de uma realidade, que resulta em grande parte, dos princípios gestionários vigentes, nomeadamente em organizações estatais.

Se não vejamos, a grande maioria das organizações ainda vivem em quatro paredes, onde os seus trabalhadores desenvolvem as suas ações, perante uma supervisão hierárquica que os avalia, mediante critérios de avaliação de desempenho, onde o sucesso se mede pelo número de promoções conseguidas. Esta atmosfera de obediência institucional é baseada no conceito de comando e controlo, que ainda reina na gestão dos tempos modernos, mas que tendencialmente dará lugar a novos paradigmas, quer para quem lidera, quer para quem é liderado.

No mundo laboral de hoje, cada vez mais o nível de mobilidade aumenta, os trabalhadores procuram um trabalho, no qual possam por as suas qualidades empreendedoras em prática e onde a sua liberdade e felicidade sejam cada vez maiores.

O grande desafio que temos de enfrentar, num mundo sem fronteiras, passa por uma rutura com os princípios de gestão do passado, donde as organizações e os líderes do presente têm de projetar novos conceitos de trabalho, com elevada incorporação tecnológica e que sejam ignidores e inspiradores, para que a força humana seja imaginativa, tome a iniciativa e sinta paixão pelo que faz, de uma forma permanente.

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publicado às 12:09

Viver na ditadura é melhor do que no caos do sangue

por franciscofonseca, em 06.09.14

O mundo denominado desenvolvido, humanizado, assiste pávido e sereno, com uma surdez hipócrita ao genocídio de cristãos, no berço do cristianismo. No Iraque, no tempo de Sadam existiam 4 milhões de cristãos, hoje são cerca de 300 mil e com tendência para a extinção. São estes cristãos que ainda preservam a língua que cristo falava, o aramaico.

Os sistemas políticos ocidentais são perfeitamente ignorantes relativamente ao médio oriente. A intervenção militar no Iraque deixou um país com as instituições completamente destruídas, vazios de poder e incrementou os radicalismos extremistas. Hoje temos um país controlado por terroristas jihadistas, que aderiram ao Estado Islâmico, de matriz iIslamofascista, que espalham o terror com práticas medievais.

O chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, do mesmo nome do sucessor do profeta Maomé quer restaurar o califado, com um mapa ambicioso dentro de cinco anos, conquistando todo o territótio do Iraque, Síria, Jordania, Israel, Palestina, norte de África, os Balcãs até à Áustria e Espanha e Portugal.

O Qatar e a Arábia Saudita estão a financiar o Estado Islâmico, no sentido de espalhar este jihadismo salafista por toda a região. A Europa muito em breve sofrerá as consequências deste radicalismo, que não aceita mais nenhuma religião. As fileiras do Estado Islâmico contam com 50 mil combatentes que se converteram ao islamismo, provenientes na sua esmagadora maioria da Europa e dos Estados Unidos. São jovens sem identidade, sem pertença grupal, desenraizados dos valores ocidentais, que procuram acima de tudo obter reconhecimento e uma identidade.

A aliança agora constituída por 10 países pertencentes à NATO, com a intenção de acabar com o Estado Islâmico e por um fim ao genocídio de cristãos no Iraque e às decapitações de jornalistas, na minha opinião, não passa apenas de uma estratégia de maquilhagem, para tranquilizar os espíritos mais sobressaltados. É necessário colocar milhares de botas no terreno para poder desalojar estes extremistas e não vejo nenhuma coligação, nem nenhum país com capacidade para levar a cabo uma intervenção militar desta natureza.

Estamos a beira de presenciar mais um paradoxo protagonizado pelos Estados Unidos, com as alianças que estão prestes a acontecer com o Irão e a Síria, ou seja, uma aliança entre três inimigos eternos. Mas como os EUA têm cometido erros estratégicos sucessivos nestes territórios, será de prever que aconteça mais um erro colossal, que marcará, porventura, a história da humanidade. Já agora espero que não se esqueçam de se coligar também com a Rússia, de forma a tornar o passo mais curto para o caos global.

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publicado às 16:11

Mudar de páginas

por franciscofonseca, em 31.08.14

A todos os leitores deste blog as minhas desculpas por esta ausência, mas tenho andado com os neurónios adormecidos. O post de hoje é dedicado ao mudar de página. Os nossos insucessos e os obstáculos que experimentamos nas nossas vidas, para a grande maioria das pessoas são problemas terríveis, mas devemos encara-los como novas oportunidades.

Não era espectável que nos dias de hoje vivêssemos numa sociedade com tantos problemas e desequilíbrios, que geram tanta incerteza e induzem um sentimento negativo na vivência da esmagadora maioria das pessoas. Os portugueses têm sido de um estoicismo fantástico. Chegou a hora de mudar as páginas e preparar o futuro transformando o negativo em positivo.

Somos um povo com qualidades inigualáveis demostradas dentro e além-fronteiras. A empatia é sem dúvida uma delas, sendo crucial para o sucesso pessoal e global, como também o são o saber fracassar, o valor da vulnerabilidade, a ambição e a cultura organizacional onde nos inserimos.

Depois desta grande tragédia financeira e social que estamos a experimentar, temos de nos recompor e renascer com uma força adicional. A este comportamento chama-se resiliência, sendo a resposta ideal a qualquer tipo de adversidade. É assim que temos de responder a opção dos governos pela hegemonia da economia sobre as pessoas e ao crescimento económico sem limites à custa da dignidade humana. A economia tem pois que estar ao serviço das pessoas e não estas ao seu serviço. Este tem de ser o novo paradigma da renovada sociedade.

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publicado às 12:23

O fosso aumenta nas sociedades modernas

por franciscofonseca, em 11.05.14

O fosso crescente entre os que mais qualificações e dinheiro têm e os pobres sem competências constitui uma tendência, que atravessa todos os grupos etários. A inovação acelerada aumentou os rendimentos dos que usufruem de competências elevadas ao mesmo tempo que “apertou” os dos trabalhadores não qualificados.

Os mais abastados estão a trabalhar mais horas anualmente do que os seus congéneres das bases. E os bem qualificados estão a estender as suas vidas profissionais, comparativamente ao que menos qualificações têm. As consequências desta tendência, para os indivíduos e para a sociedade, são profundas.

O mundo está à beira de uma ascensão impressionante do número de idosos, os quais viverão muito mais tempo do que em qualquer outro período da história humana. A população global com mais de 65 anos irá quase duplicar, de 600 milhões para 1, 1 mil milhões, que irão fazer “implodir” os orçamentos dos governos.

Os idosos abastados irão acumular mais poupanças, o que enfraquecerá a procura. A desigualdade irá aumentar e uma quota crescente da riqueza será eventualmente transferida para a geração seguinte, através de heranças, consolidando ainda mais a divisão entre vencedores e vencidos.

O aumento crescente de eleitores idosos e a sua desproporcional propensão ao voto tornaram os políticos mais disponíveis, para ceder à velha ordem das coisas do que para implementarem reformas disruptivas. A Alemanha, apesar de ser o país com o ritmo mais acelerado de envelhecimento da Europa, planeia reduzir a idade de reforma estatutária para algumas pessoas, mas enquanto isso obriga outros países a aumentar essa mesma idade.

Nos tempos vindouros, os políticos precisam de convencer os eleitores mais velhos e menos qualificados de que trabalhar durante mais tempo serve os seus interesses. Conseguir solucionar este problema não será de todo fácil. Mas como alternativa resta-nos a estagnação económica e uma desigualdade cada vez maior, o que a meu ver será muito pior.

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publicado às 18:10

A utopia de 40 anos de liberdade

por franciscofonseca, em 27.04.14

Portugal festejou 40 anos de liberdade no passado 25 de Abril. Os valores que estiveram na origem da revolução dos cravos estão hoje em profunda crise. Presentemente, o nosso país apresenta profundos desequilíbrios a todos os níveis, muito por culpa das elites governantes, que em vez de se preocuparem, com o interesse Nacional e público, estiveram mais preocupadas com interesses pessoais e corporativos, ao longo dos últimos 40 anos.

Os sistemas de governos liberais que proliferaram um pouco por todo o mundo produziram lixo social, que cada vez mais levam e continuarão a levar às ruas milhares de pessoas, que se sentem terrivelmente maltratadas e violadas nos seus direitos e deveres.

Os movimentos da sociedade civil, intelectuais, economistas de todo o mundo têm vindo a refletir e a propor alternativas ao sistema vigente, que pudesse de alguma forma significar um regresso aos valores que estiveram na base da revolução. Esta alternativa tem de assentar na centralidade da pessoa humana, que possa significar, para lá do arbitrário, viver bem, ter uma vida boa, baseada na ética e moral, que o respeito próprio e a autenticidade de cada um implicam em si mesmos.

Hoje, a sociedade está baseada em valores, que levam a uma desenfreada e gananciosa procura e acumulação de riqueza, que com a crise económico-financeira, se optou pela ditadura dos números e pela chacina humana, resultando, um tremendo descontentamento e indignação das populações em geral.

Temos de ter a coragem de inaugurar um novo tempo, com novos paradigmas, capazes de colocar no centro de toda a governação o ser humano, o seu incondicional valor e dignidade para lá da economia, e os valores da liberdade, do trabalho, da habitação, da saúde, da proteção social, da educação e tantos outros, pelos quais o 25 de Abril de 1974, em Portugal, se tornou uma revolução urgente e necessária, mesmo para além fronteiras.

Com o passado compreendemos o presente. Manter a sustentabilidade como prática responsável da liberdade só é possível em comunidade, pelo diálogo e cooperação. Mas, chegou tempo de dizer não às partidocracias, aos parlamentos sem povo, aos interesses de famílias. Lutar por políticas que não encontrem nunca mais no empobrecimento, no desemprego, na perda de casa, da família, da comunidade, no abandono e na exclusão social, mas sim em políticas que construam comunidades da sociedade civil possantes, imbuídas de consciência política e práticas de cidadania.

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publicado às 22:20

Somos uma nação cada vez mais pobre e desigual

por franciscofonseca, em 13.04.14

A crise causada pelo setor financeiro é paga por todos os contribuintes, em situação de maior fragilidade económica, mas que pagam o preço mais elevado, sem que tenham culpa da hecatombe que assolou Portugal. O crescimento económico é praticamente nulo, havendo um constante e assustador aumento do desemprego e do número de pessoas a viver na pobreza.

No nosso país o sistema de proteção social está sob grande tensão, o que deixa as populações desfavorecidas numa situação muito delicada, os cortes nos serviços públicos afetam fortemente os grupos com rendimentos mais baixos, e os problemas de acesso aos serviços de saúde têm um impacto cada vez mais negativo, na vida das pessoas.

A estratégia da austeridade está a resultar num estrondoso falhanço, quer em termos económicos, quer em termos sociais, e revela-se um processo doentio e extremamente injusto para as populações mais vulneráveis.

É insustentável e obsceno, que sejam os contribuintes mais frágeis os responsáveis por pagarem as dívidas dos bancos a coberto do governo. O sistema financeiro não pode estar isolado de risco, com consequentes incentivos ao comportamento imprudente. É necessária uma liderança que se responsabilize pelo bem-estar dos seus cidadãos, principalmente dos mais pobres e vulneráveis, e não o contrário como acontece nos dias de hoje.

A pobreza nacional, em consequência do aumento de impostos, dos cortes salariais e do aumento do número de desempregados, é um fator que torna as desigualdades entre ricos e pobres mais evidentes. Este otimismo que reina na classe governante não é mais que um nevoeiro informacional em tempo eleitoral.

O futuro de Portugal e dos portugueses passa pelas nossas mãos. Todos temos de fazer a nossa parte, que passa por uma varredura geral e profunda, em todo o sistema político e nas instituições que suportam os lóbis partidários. Não podemos continuar a viver sob uma governabilidade ditada pelo sistema financeiro, que controla e alimenta todos estes new boys

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publicado às 22:17

A sua ética é assim tão forte ?

por franciscofonseca, em 09.03.14

A maioria das pessoas acredita que são pessoas com um forte sentido de ética, mas a realidade é bem diferente. As pessoas têm tendência para se julgarem a si mesmas de acordo com os seus pensamentos e intenções e não pelo que realmente fazem. Mas, o mais importante é avaliarmos a nossa própria ética da mesma forma que avaliamos as das outras pessoas, ou seja, através do seu comportamento.

A realidade diz-nos saber o que é melhor, mas optar pelo que é pior. Avalie o seu próprio comportamento e pense como iria avaliar ou julgar uma outra pessoa, que fizesse exatamente a mesma coisa. A lealdade é um caso interessante para testar a ética. A maioria das pessoas clama valorizar a lealdade, mas tal como acontece com a ética, as suas ações contam uma história bem diferente. Por exemplo, as pessoas que dizem ser leais podem estar a trabalhar para uma organização que contribuiu para o seu desenvolvimento e crescimento, mas assim que recebem uma oferta ligeiramente melhor, acabam por mudar de ares.

Nas instituições fortemente hierarquizadas, sempre que alguém abre a boca para identificar um problema, o instinto imediato do superior hierárquico é magoar essa pessoa. Não existe uma verdadeira cultura que proteja verdadeiramente os colaboradores que informam de questões significativas. As represálias ainda fazem parte do nosso quotidiano e essas pessoas julgam ter uma forte ética.

Outra prática que deveria ser implementada passa pela criação de um ambiente de trabalho no qual os funcionários se sintam seguros em falarem de assuntos negativos. Quando se diz aos colaboradores para falarem das suas preocupações, tem de se estar preparado para o facto de 99% das mesmas não serem devidamente preocupantes. Mas um por cento que resta pode ser suficiente para alterar o futuro da organização.

Quando existem más notícias ou quando é necessário discutir algum assunto melindroso, a sua disponibilidade para arcar com as consequências consiste num bom indicador da sua ética. Então a sua ética é assim tão forte como julga?

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publicado às 18:09

A explosão dos trabalhadores independentes

por franciscofonseca, em 16.02.14

O desemprego massivo que existe nos países desenvolvidos está a criar uma nova realidade no mercado laboral. Os trabalhadores independentes representam, atualmente, cerca de um terço da força de trabalho. Estima-se que até 2020, 40% dos trabalhadores dos países desenvolvidos estejam a trabalhar neste tipo de regime.

Alguns lamentam esta mudança histórica do trabalho assalariado e a tempo inteiro. À medida que os horários flexíveis e a comunicação ubíqua se tornam norma, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional que sempre tentámos alcançar está agora mais perto.

O sucesso em 2014 está menos associado à riqueza e mais aos valores, nomeadamente ao valor do tempo, da comunidade e do bem-estar. À medida que a disponibilidade para as 40 horas de trabalho semanais diminui, o mesmo acontece com o seu apelo. Quem deseja um “relógio de ponto” no final do dia quando é possível ditar os próprios horários? A semana de trabalho tradicional passou a ser vista como uma prisão do passado. Gerir o nosso próprio tempo não é apenas recompensador, mas igualmente prático e eficaz.

Nos contratos “antigos”, o trabalho vinha antes de tudo o resto, até da saúde. E, em troca de se trabalhar como um escravo, recebia-se um salário certo e, com sorte, um pacote de benefícios decente. Na atualidade, os trabalhadores independentes estão a substituir esse velho contrato por algo melhor e muito mais saudável.

Estes novos trabalhadores valorizam a alimentação saudável, as idas ao ginásio ou a prática do ioga, para reduzirem os níveis de stress e trabalhando em lugares cheios de luz e ar menos poluído. Para estes trabalhadores, o sucesso no trabalho significa ser-se saudável o suficiente – física e mentalmente – para ser possível gozar a vida. A força de trabalho está a mudar e a definição de sucesso está a acompanhar esta mudança. Para os trabalhadores independentes, a liberdade no trabalho, uma vida saudável, e a pertença a uma comunidade constituem o sucesso que os trabalhadores querem obter presentemente.

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publicado às 17:25

Como evitarmos ficar novamente despidos

por franciscofonseca, em 01.02.14

A grande esmagadora maioria dos problemas que despiu Portugal passa pela não existência de uma visão e consciencialização intergeracional. Temos que por termo ao eterno problema dos chamados interesses próprios e corporativos e conseguir uma visão verdadeiramente estratégica, para enfrentar os desafios que o país tem pela frente.

Por outro lado, uma parte significativa das instituições continua a trabalhar de acordo com princípios e regras estabelecidas em meados do século passado, que estão obsoletas. É decisivo que se adaptem ao mundo híper conectado da atualidade. A máquina do Estado necessita de uma verdadeira reforma.

Vivemos tempos de complexidade crescente. Os problemas podem atingir uma escala muito maior e a um ritmo muito mais rápido, comparativamente à sua possível resolução e as instituições governativas terão de dar uma resposta célere, que satisfaça a esmagadora maioria dos cidadãos.

O curto prazo que norteia os ciclos políticos e empresariais tem de se reconfigurar para ciclos de medio e longo prazo. São necessários compromissos de visão estratégica, que vão muito para além dos interesses partidários e empresariais do momento, mas que são fundamentais para o futuro de Portugal. São muitos os exemplos que demonstram de que forma grupos, outrora dispersos, se uniram para dar origem a progressos significativos na sociedade.

Os portugueses sentem necessidade de maior envolvimento político e confiança pública. A política não se conseguiu adaptar aos novos métodos, nem aos novos níveis de participação e de cidadania. Temos de ter consciência que a revolução digital chegou para ficar, as redes sociais tornaram-se ubíquas, uma economia da partilha nasceu, avanços científicos mudam as nossas vidas e as vozes das pessoas reinventam mercados e derrubam governos.

Temos de tomar consciência do presente para podermos perspetivar o futuro, relativamente aos progressos na ciência e na tecnologia, aos mercados e as gerações em transformação, ao aumento dos riscos globais, a complexa luta contra o desemprego e, por último, a sobrevivência num mundo cada vez mais incerto e imprevisível. Se continuarmos despidos, a culpa será de todas as gerações.

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publicado às 20:54


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