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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Todos sentimos raiva, ansiedade e incerteza quanto ao nosso futuro. Este é o sinal inequívoco de que estamos a aceitar esta situação de crise.
Por outro lado, já todos interiorizamos que é melhor um mau orçamento, do que não virmos a ter nenhum. Os mercados financeiros assim o exigem e porque não queremos a intervenção de terceiros no nosso país.
A meu ver, ninguém com responsabilidades tem a noção, da realidade, da forma como este choque vai provocar danos na sociedade portuguesa.
Portugal é uma sociedade que mistura uma completa apatia com um desespero terrível e este cocktail, espero que venha a ter efeitos imprevisíveis em todos os cidadãos.
Estamos a viver uma miopia colectiva do desastre, onde todas as pessoas assumem que provavelmente nada disto está a acontecer e não vale a pena a ter preocupação, nem imagina a possibilidade que este desastre possa acontecer.
Francisco Fonseca
Que triste realidade Lusa. Temos muitos, mas muitos portugueses a viver com pensões de 200 ou menos euros por mês. A pergunta que se coloca é como seria a vida dos políticos, administradores, banqueiros com 450 euros por mês? Será que eles já imaginaram, alguma vez lhes passou pela cabeça! Acredito que nunca.
Depois, muitos acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros, alguns dos quais apregoam todos os dias que as reformas tem de baixar, mas excepto as deles, pois já são direitos garantidos.
Portugal tem uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha. Quando conhecemos a realidade do Portugal profundo e, ficamos a saber que existem pessoas que ainda não tem electricidade, nem assistência social, sinto mais uma vez vergonha!
Depois, temos todos os dias notícias, onde o patronato assume que o salário mínimo não pode subir, seria o caos para a economia, sejam sérios, arrepiem caminho meus senhores!
Temos cerca 100 jovens licenciados a sair do país por mês. Portugal enfrenta uma nova onda emigratória, quase comparável com os anos 60. Mas isto não é notícia. Mais uma vez sinto vergonha.
Esperanças perdidas, já ninguém acredita nas palavras ocas dos políticos, e o futuro deste país procura novos horizontes, fora de terras lusas.
Passamos um momento muito mau na sociedade portuguesa, seria bom que todos nós não aceitássemos que tudo fique na mesma.
A este propósito, Sophia de Mello Breyner disse que "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado”.
Temos de criar um sentimento colectivo de que assumir a realidade não é pessimismo, é antes de mais uma necessidade premente. Reduza-se os deputados, reduzia-se os assessores, os staffs. Os salários dos níveis mais elevados têm de descer, quer públicos quer privados.
Estamos muito próximo de uma ruptura social profunda, urge que políticos e empresários deixem de ser autistas e se dêem ao respeito dos portugueses. Necessitamos de exemplos vindo de cima. Peçam sacrifícios, mas sintam-nos também.
Vemos todos os dias, intelectuais, académicos, notáveis da nossa sociedade dizer que tudo está mal, mas ficam-se pelas palavras, passem aos actos meus senhores. Saiam desse comodismo mórbido, e deitem mãos a obra. Já ontem era muito tarde.
Não podemos continuar a empurrar mais o problema com a barriga.
Chegou a hora de mostrar de que massa os portugueses são feitos, caso contrário sou obrigado a dar razão ao administrador enviado por Napoleão, que disse “eles nem governam, nem se deixam governar”.
Francisco Fonseca
Nos últimos tempos, a imprensa nacional repetiu para quem quis ouvir: os portugueses são pobres, mas felizes. Esta conclusão surgiu de um estudo realizado por investigadores do ISCTE.
Assim este estudo conclui que Portugal é um país socialmente frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente mas, estranhamente, com elevados níveis de satisfação e felicidade.
Por outro lado, este estudo refere que no nosso país vive-se um clima de desconfiança nos outros e nas instituições.
Isto é um sinal perigoso para a construção do futuro, pois quando não se confia nos outros dificilmente se constituem laços comuns de conforto ou de solidariedade.
Este facto é chocante, do ponto de vista das possibilidades de acção colectiva e de todos os desafios que Portugal terá que enfrentar no curto e longo prazo.
Para explicar esta felicidade e satisfação os portugueses recorrem muitas vezes a comparações temporais - “eu já vivi pior”, por outro, fazem comparações sociais - “ eu vivo mal, mas há quem viva pior”.
Temos em Portugal muitas populações com níveis de aspirações ainda francamente baixos, isto é, com expectativas que ainda não atingiram um nível suficiente para as pessoas sentirem outro tipo de necessidades, para serem mais exigentes com a sua qualidade de vida.
Se perguntarmos o que poderia melhorar a qualidade de vida dos portugueses as respostas são: mais dinheiro, mais saúde e encontrar emprego.
Trata-se de necessidades ainda muito primárias, tradicionais, muito dominadas pelos traços da privação e da precariedade nos rendimentos e da incerteza face ao futuro.
Mas sem dúvida alguma, quem faz um país é o seu povo. Seja para a o bem, seja para o mal.
Francisco Fonseca
Sobre o desemprego em Portugal, já se sabe, é expectável que alastre ainda a muitas famílias da classe média sobreendividadas, afectando com maior gravidade os idosos e os jovens recém-chegados ao mercado de trabalho.
Os números da pobreza em Portugal atingem dois milhões de pessoas, onde mais de metade são, idosos que vivem com menos de trezentos euros por mês, segundo os mais recentes dados do Banco de Portugal.
Perante esta realidade, eu diria que estamos bem pior que a nossa vizinha, pois nós não temos estruturas capazes de reagir contra este flagelo, que por sua vez acarreta mais pobreza.
Então resta um caminho alternativo, que passa por alterar hábitos instituídos e reeducar comportamentos, readquirindo sobriedade nas opções pessoais. Temos de voltar a incutir valores, invertendo o espírito consumista e imediatista que impera nas sociedades actuais, sem medir consequências nem efeitos a nível individual ou colectivo.
O problema é que os valores são absolutos e não relativos, como tudo parece ser hoje em dia, assim a mudança, vai ser sofrida e longa, mas é inevitável.
Francisco Fonseca
Todos, nos tempos que correm ouvimos falar e falamos da crise. Os culpados são facilmente elencados e conhecidos. A culpa deste estado de coisas é do capitalismo, a culpa é dos políticos, a culpa é dos bancários, mas na maior parte das vezes, a culpa acaba sempre por morrer solteira.
A verdade é que o capitalismo não está com problemas, as multinacionais e as grandes empresas é que estão com problemas.
A política não está com problemas, os partidos políticos e os seus dirigentes é que estão com grandes e graves problemas.
O sistema bancário não está com problemas, os bancos e os seus gestores é que estão com enormes problemas.
Os problemas ambientais estão na ordem do dia, mas a Natureza não está com problema algum. A Humanidade é que está com problemas. Porque a Natureza muda!
Nesta vivência cada vez mais acelerada, nas diversas estradas da vida, os eficientes sobrevivem, os ineficientes perecem. Estamos numa fase em que separação do trigo do joio se faz cada vez mais de forma natural. Na minha opinião o principal vector de evolução da sociedade continuará a ser, a criação de riqueza e a inovação.
Assim, todos estes actores, as multinacionais, os partidos, os políticos, os bancos e os bancários, entre outros, evoluem no caminho da eficiência, inovação e riqueza, ou não sobrevivem e perecem.
Francisco Fonseca
De facto não somos suficientemente virtuosos, desde tenra idade que somos levados a desconfiar, pela mão dos nossos pais. Eu próprio, que ultimamente tenho reflectido sobre o tema da confiança, chego a conclusão que é muito difícil confiar totalmente numa pessoa.
Em alturas de maior tensão ou crise como a que vivemos presentemente, em que as instituições não confiam, elas próprias, umas nas outras, que as pessoas não confiam nas instituições, nos governantes, nos políticos, nos bancos, nem em si próprias…sem qualquer margem de dúvida, está na moda não confiar!
Neste estado de coisas, caminhamos para a destruição do capital social, abrem-se grandes feridas na coesão social, nas redes sociais, na cooperação. Ou seja, temos vindo a ferir o relacionamento entre as pessoas e a levar à morte as instituições.
Por outro lado a autoconfiança é fundamental para tudo que queiramos fazer na vida, para qualquer trabalho que queiramos realizar. Temos de ter esperança que vamos conseguir, que vamos ser capazes. Penso, que deveríamos colectivamente enveredar pelo caminho da confiança.
Francisco Fonseca
Hoje todos nos falamos que a culpa é do sistema. O sistema não funciona, contra o sistema não vale a pena lutar, temos de alterar os paradigmas, os comportamentos, e um cem número de outras palavras complicadas.
Por exemplo, os princípios económicos que fomos ao longo da história construindo, vão continuar a prevalecer e a dominar a economia mundial. Mas será necessário acrescentar outros de grande importância para o sistema funcionar, como a responsabilidade social, a coerência ética e a capacidade de auto-regulação.
Para completar o puzzle é necessário, à sociedade civil deixar o comodismo e fortalecer ao nível dos princípios, passando por uma reforma dos partidos políticos e do sistema eleitoral.
Será impossível continuar num sistema da crítica pela crítica, tem de haver um comprometimento daqueles que a fazem e, o sistema de cartel instalado que serve o Estado, tem de sofrer a intervenção de outros agentes que fiscalizem os dirigentes.
Francisco Fonseca
Os Estados Unidos, foram a única potência nuclear que usou armas nucleares e, ainda não rectificou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. O tratado já foi ratificado por 148 países, mas faltam EUA, China, Irão, Coreia do Norte, Índia, Paquistão, Egipto e Indonésia, ou seja, jamais será rectificado por todos e entrará em vigor, o que deixa uma janela de oportunidade para alguns Estados continuarem a desenvolver os seus programas nucleares.
Pyongyang lançou com êxito um foguetão esta madrugada, que segundo as autoridades norte-coreanas serviu para colocar um satélite de telecomunicações em órbita.
Mas os japoneses dizem que os norte-coreanos fizeram um ensaio dissimulado do seu míssil de longo alcance Taepondong-2, com capacidade para percorrer cerca de 6.500 quilómetros e atingir o estado norte-americano do Alasca.
O lançamento deste míssil pela Coreia do Norte, é uma afronta a comunidade internacional e considero que chegou a hora de uma resposta firme, consertada por todos os países e por todas as organizações com competência para tomar medidas nesta matéria.
Alguns países, nomeadamente o Japão, a Coreia do Sul e EUA já pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU que já foi agendado para esta tarde. A ver vamos que medidas vão ser tomadas, no sentido de dar um claro sinal que não estamos em tempo, de provocações deste tipo. O mundo necessidade de caminhar em outra direcção.
Francisco Fonseca
Até mesmo as tartarugas vivem em constante mudança, adaptabilidade constante ao modus vivendi.
A era em que vivemos é chamada por muitos como era da sociedade do conhecimento e da economia global, mas eu acrescentaria ainda outras denominações, como era da criminalidade global, da ameaça global e da exploração global.
A tecnologia e os equipamentos evoluem de forma rápida, nem sempre as pessoas conseguem acompanhar essa evolução, pois é necessária uma formação constante, mas infelizmente, no nosso país há carências dramáticas ao nível da formação e na forma como são geridos os recursos humanos.
Estas carências podem ajudar a explicar um dos nossos problemas estruturais mais graves, no que concerne à produtividade e competitividade. Por isso é urgente fazer um esforço estrondoso nesta área, reinventar novas formas de competitividade e criar riqueza.
No mundo actual e cada vez mais vamos ter de viver, em mudança permanente, em evolução permanente e adaptação permanente!
Francisco Fonseca
No entanto, na sociedade em que vivemos é necessário mantê-la sempre sob controlo a níveis aceitáveis, pois caso contrário o seu controlo torna-se quase impossível, tendo de ser empregues meios fortemente reactivos por parte das forças de segurança pública.
São crimes contra a vida, contra a honra e contra a integridade física dos cidadãos, roubos ou a simples destruição de bens e haveres, praticados cada vez mais de forma violenta, que fazem aumentar a criminalidade e que causam o sentimento de insegurança generalizado na sociedade portuguesa.
Por outro lado, estamos a assistir em quase todos os países da Europa a uma mudança da relação entre cidadãos e governos, que passa do bem estar social para a segurança, isto devido a dois factores principais, primeiro ao neoliberalismo e ao surgimento de uma nova indústria, a indústria da segurança.
Mais, as relações entre cidadãos nos dias de hoje, também se estão a alterar, ou seja, as solidariedades básicas de cidadania, a hospitalidade, a entreajuda vão sendo substituídas pela suspeita, pelo egoísmo, xenofobia, preferência pelo familiar e privado, como são exemplos os cada vez mais condomínios fechados.
A solução para este mal social, podia passar por termos uma polícia, no exercício estrito da sua finalidade, dinâmica e ágil na sua actuação, tecnicamente versátil, ponderada, com poder de antecipação á pratica de qualquer ilícito criminal, de modo a melhorar efectivamente o nível de segurança dos cidadãos, repondo e mantendo, com pronta eficácia, a ordem e tranquilidade públicas.
Mas, desenganem-se todos os defensores desta teoria, pois esta não é a única receita para este perigo público, pode atenuar alguns efeitos, mas não controla a doença. Penso que a solução passará por uma consciencialização definitiva dos tempos em que vivemos, estabelecer fortes compromissos sinergéticos, entre governos, cidadãos, instituições deste país.
Francisco Fonseca
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