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G20 versus ONU

por franciscofonseca, em 23.11.10

A Organização das Nações Unidas, cada vez mais perde terreno, em detrimento de outras organizações, como é o caso do G20. Vivemos tempos de crises múltiplas. Esta era, exige também soluções múltiplas. Deveria ser a ONU a apresentar essas soluções e, a implementá-las no terreno, pois é a organização com legitimidade em toda a parte do Mundo.

 

Todos sabemos, que o grupo de países do G20 representam 80% do PIB mundial e também 80% da população do Mundo. Estes dois factores por si só influenciam e afectam em grande parte a economia mundial. A ONU deveria de aproveitar, esta janela de oportunidade, para fazer expandir de forma uniforme, soluções tendentes a resolver, estas crises múltiplas, que o Mundo moderno enfrenta.

 

Penso que o trabalho desenvolvido, por estas organizações, poderia ser muito mais profícuo, complementar e cooperativo, no sentido de em conjunto procurarem as melhores práticas, para solucionar os principais problemas, que afectam a Humanidade. Nestes casos a competição, só traz derrotas para todos.

 

Neste sentido, eu gostaria de ver no futuro, planos, estratégias, operações, realizadas em estreita cooperação, em prol de um Mundo melhor, onde o desenvolvimento, o bem-estar, a prosperidade, a solidariedade, a amizade e a fraternidade, constituíssem valores partilhados por todos os povos.

 

Para mudar o Mundo, não existe nenhum país, nenhum líder, nenhum grupo de países, nenhuma religião, que o consiga fazer, somente a vontade conjunta conseguirá alcançar esse objectivo universal.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 17:02

As belas vistas

por franciscofonseca, em 11.05.09

 

De regresso a realidade portuguesa, constato que a criminalidade, a insegurança em cerca de 53 bairros problemáticos é cada vez mais preocupante.

Ainda estamos longe da realidade das favelas do Brasil, mas por este andar, se não forem tomadas medidas urgentes e eficazes no combate a este fenómeno, muito em breve se tornará incontrolável.

O trabalho das polícias é cada vez mais exigente, para além de ser feito, quase sempre, com a cobertura dos meios de comunicação social. Mas desenganem-se aqueles que pensam que as policias são a solução para estes problemas sociais.

Nas últimas décadas em Portugal, a estrutura da família, da economia e do mercado de trabalho sofreu alterações profundas. E se fizermos uma análise mais demorada, somos levados a concluir que a sociedade actual é bem mais complexa que a sociedade dos nossos pais e avós.

Desta forma soluções simples para problemas complexos não dão bom resultado.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 14:02

O regresso

por franciscofonseca, em 08.05.09

Hoje deixo o Chade, ao fim de seis meses de missão na MINURCAT. Missão excelentemente bem dirigida pelo Dr. Victor Ângelo, pessoa especial, com uma força de vida contagiante, uma assertividade invulgar, com quem foi um prazer colaborar e aprender, aqui deixo a minha homenagem.

Foi sem dúvida alguma uma experiência fantástica, muito enriquecedora em termos pessoais e profissionais.

Foram seis meses curtos, que passaram rápido, intensos em termos de trabalho e de relacionamento interpessoal.

Levo daqui uma aprendizagem de vida, que fui assimilando ao longo do contacto com duríssimas realidades de formas de vida, infelizmente, ainda existentes neste mundo desenvolvido e civilizado. 

Parto com uma boa sensação, o principal objectivo foi alcançado e, quando assim acontece o nosso interior sai fortalecido.

Para todos os que ficam, o desejo sincero de muitas realizações, muita sorte e uma excelente missão.

Arrepiar caminho é urgente, necessário e sinal de vitalidade. Acreditar é o primeiro passo, para tudo que pretendemos fazer na vida!

Francisco Fonseca

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publicado às 18:03

Quase com os rebeldes a vista

por franciscofonseca, em 05.05.09

 

Acabo de chegar do leste do Chade, onde estive muito perto dos rebeldes e, foi impressionante constatar o medo das pessoas de Goz Beida. Não é para menos, com os rebeldes mesmo a porta, muitos já abandonaram a vila, a começar pelas autoridades, Governador e Prefeito.

Este é o verdadeiro sinal de que algo de grave está para acontecer, para as populações que nada tem a ver com este conflito, mas que são os que mais sofrem, a par dos deslocados e dos refugiados, que vêm as ONG´s saírem do terreno por não terem condições de continuar o seu trabalho.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 22:05

O fim da linha

por franciscofonseca, em 02.05.09

 

 

Estive há dois dias no leste do Chade, junto a fronteira com o Darfur, em Goz Beida no campo de refugiados de Djabal, local de areias quentes e de gente a viver no fim da linha.

Uma delegação da União Africana foi ouvir as reivindicações dos refugiados do Darfur. Homens e mulheres falaram, num discurso esclarecido e inteligente, mostraram as suas inquietudes e preocupações com o seu futuro.

Os ex-presidentes da África do Sul Thabo Mbeki, da Nigéria Abubacar e do Burundi Buyoya escutaram atentamente, tomaram as suas notas e deixaram uma brisa de esperança nestas gentes.

Mas como acontece em quase todos os conflitos a nível mundial, creio que este não foge a regra, a solução terá de sair dentro das partes beligerantes. Pode haver pressões exteriores, mediação, negociações e acompanhamento internacional, mas a solução só chegara quando as partes tomarem consciência que a violência, descriminação, jamais conduzira os povos ao bem-estar, progresso e desenvolvimento.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 18:40

A crise e as crises

por franciscofonseca, em 25.04.09

Todos, nos tempos que correm ouvimos falar e falamos da crise. Os culpados são facilmente elencados e conhecidos. A culpa deste estado de coisas é do capitalismo, a culpa é dos políticos, a culpa é dos bancários, mas na maior parte das vezes, a culpa acaba sempre por morrer solteira.

A verdade é que o capitalismo não está com problemas, as multinacionais e as grandes empresas é que estão com problemas.

A política não está com problemas, os partidos políticos e os seus dirigentes é que estão com grandes e graves problemas.

O sistema bancário não está com problemas, os bancos e os seus gestores é que estão com enormes problemas.

Os problemas ambientais estão na ordem do dia, mas a Natureza não está com problema algum. A Humanidade é que está com problemas. Porque a Natureza muda!

Nesta vivência cada vez mais acelerada, nas diversas estradas da vida, os eficientes sobrevivem, os ineficientes perecem. Estamos numa fase em que separação do trigo do joio se faz cada vez mais de forma natural. Na minha opinião o principal vector de evolução da sociedade continuará a ser, a criação de riqueza e a inovação.

Assim, todos estes actores, as multinacionais, os partidos, os políticos, os bancos e os bancários, entre outros, evoluem no caminho da eficiência, inovação e riqueza, ou não sobrevivem e perecem.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 15:27

Entre o acreditar e o desesperar

por franciscofonseca, em 10.04.09

Em N`Djamena o calor que se faz sentir começa a penetrar fortemente no nosso corpo, na nossa mente e, deixa-nos quase a beira do desespero.

Quando aqui cheguei, perguntei para mim próprio, que faço eu aqui, é este o meu destino, foi mesmo isto que eu escolhi, mas realmente somos nós que fazemos a nossa vida e que traçamos o nosso rumo.

Adormeço tonteado pela luta do dia terminado e, projectando qual será a próxima dificuldade que temos de ultrapassar no dia seguinte.

Momentos menos bons tenho-os como todo o comum dos mortais, mas após 5 meses começa a ser um tudo ou nada mais difícil, aceitá-los, reflectir sobre eles e ultrapassá-los.

Quando era mais jovem desesperava muito mais do que acreditava. Não será um mal de todos nós? O não acreditar e desesperar aos primeiros problemas?

Hoje, devo dizer que desespero com muito menos frequência, sem qualquer comparação com o passado, mas mesmo assim, por vezes é inevitável desesperar, continuando a acreditar que mais vale procurar a solução, do que mergulhar no pessimismo consciente. Afinal é para ultrapassar as grandes dificuldades que existimos!

Francisco Fonseca

 

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publicado às 22:28

A pesada herança da guerra fria

por franciscofonseca, em 05.04.09

A Guerra Fria desapareceu mas deixou um grande arsenal de armas nucleares, espalhadas por esse mundo fora e, algumas com paradeiro desconhecido.

Os Estados Unidos, foram a única potência nuclear que usou armas nucleares e, ainda não rectificou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. O tratado já foi ratificado por 148 países, mas faltam EUA, China, Irão, Coreia do Norte, Índia, Paquistão, Egipto e Indonésia, ou seja, jamais será rectificado por todos e entrará em vigor, o que deixa uma janela de oportunidade para alguns Estados continuarem a desenvolver os seus programas nucleares.

Pyongyang lançou com êxito um foguetão esta madrugada, que segundo as autoridades norte-coreanas serviu para colocar um satélite de telecomunicações em órbita.

Mas os japoneses dizem que os norte-coreanos fizeram um ensaio dissimulado do seu míssil de longo alcance Taepondong-2, com capacidade para percorrer cerca de 6.500 quilómetros e atingir o estado norte-americano do Alasca.

O lançamento deste míssil pela Coreia do Norte, é uma afronta a comunidade internacional e considero que chegou a hora de uma resposta firme, consertada por todos os países e por todas as organizações com competência para tomar medidas nesta matéria.

Alguns países, nomeadamente o Japão, a Coreia do Sul e EUA já pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU que já foi agendado para esta tarde. A ver vamos que medidas vão ser tomadas, no sentido de dar um claro sinal que não estamos em tempo, de provocações deste tipo. O mundo necessidade de caminhar em outra direcção.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 17:35

A esperança renasce no Iraque

por franciscofonseca, em 27.02.09

 

 

 

 

 

 

Este olhar de esperança e ao mesmo tempo pertubador, bem poderia servir de reflexão para muitos dos lideres Mundiais.

 

 

 

Hoje escolhi um assunto que acompanho com atenção, pois vivi de perto esta realidade do povo Iraquiano.

Começou há quase seis anos, a 20 de Março de 2003 a cavalgada americana para derrubar Saddam.

Obama vai retirar as forças de combate do Iraque até Agosto de 2010, pois foi uma das suas principais promessas de campanha eleitoral.

Actualmente estão no Iraque mais de 130 mil militares. Depois da retirada fica no Iraque uma força de apoio.

Estas forças serão responsáveis pelo treino das forças de segurança iraquianas, que irão conduzir operações de contraterrorismo.

Staffan de Mistura, Representante Especial da ONU no Iraque classificou de "um acontecimento notável" as eleições provinciais no Iraque, que decorreram pacificamente.

Começo a ver sinais promissores para evitar o Caos no Iraque. Mas um longo caminho será necessário percorrer para unificar todas as facções iraquianas.

O risco de uma guerra civil entre Sunitas, Xiitas e Curdos, poderá deflagrar caso se cometam erros na retirada que é necessário evitar.

Este cenário a vir a acontecer, será um factor de destabilização em toda a zona, pois não nos podemos esquecer das ambições expansionistas do Irão.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 16:15


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