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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
O ano que agora termina ficará na memória de muitos, por diversos motivos, como um tempo difícil. Novos e eternos problemas acolheram novas e perturbadoras complexidades, sem que o homem tenha conseguido dar as melhores respostas. O futuro próximo passa por repensar o papel da economia, diminuir as situações de pobreza global, reinventar a gestão e aceitar as mudanças culturais.
A batalha contra a pobreza pode ser vencida, mas exigirá muita paciência, uma estrutura de pensamento criteriosa e uma vontade expressa de se aprender com as evidências. Os cientistas sociais terão de dar respostas para a criação de novas estratégias, novas políticas de governança, novos designs organizacionais e novos sistemas de gestão e recompensas.
Os princípios da inteligência emocional terão de ser compreendidos, e transformados em ferramentas para abordar as relações não só nas empresas, como também na vida pessoal, de uma forma completamente diferente da que estamos habituados.
Hoje, as grandes multinacionais assentam a sua economia na colaboração, nas tecnologias emergentes, na inovação externa, em diferentes tipos de parcerias e com base em ecossistemas vibrantes.
A China e a Índia representam cerca de 40% da população mundial. O seu PIB combinado está a crescer a uma taxa anual na ordem dos sete por cento. A economia mundial dependerá muito da forma como estes dois colossos vão convergir com as potências industriais da atualidade, num planeta em constante mutação e turbulência.
Para todos um feliz 2012 e não se esqueçam que festejar, comemorar, comer e beber bastante nas festas de final de ano não é o que engorda, o que realmente engorda não é o que comemos entre o Natal e o Ano Novo, e sim, aquilo que comemos entre o Ano Novo e o Natal.
A Nação lusa tem de voltar a redescobrir o seu caminho!
A primeira grande greve geral teve lugar, em de 28 de Março de 1988, contra o pacote laboral e o projecto da Lei dos Despedimentos, que viria a ser aprovada pelo governo, do agora Presidente Cavaco Silva.
Muitas interrogações se colocam quanto à pertinência desta greve. Sou daqueles que luto e sempre lutarei contra as injustiças. O povo português está a passar por momentos muito complicados, as perspectivas de melhoras não existem, bem pelo contrário. A pergunta que todos devemos colocar é como foi possível deixar o país chegar a este ponto?
As minhas respostas são iguais as de quase todos os portugueses. Querem mesmo saber quem deve arcar com as consequências? A minha resposta é todos quantos têm sangue lusitano. Muitos me dirão, que resposta mais absurda. Outros pensarão, a culpa é dos políticos. Muitas mais respostas haverá, sem dúvida.
Mas deixo 5 causas que explicam, a meu ver, a situação em que nós encontrámos:
1- O deslumbramento colectivo com entrada na CEE em 1986 levou à perda do sentido de disciplina e rigor das contas públicas e privadas, devido à enxurrada de dinheiro vindo da Europa, tornando o acesso ao dinheiro fácil;
2- Aproveitamento dos fundos europeus, em grande parte, para o enriquecimento fácil e individual, dos boys partidários, dos ali babás portugueses;
3- Não criação de infra-estruturas produtivas, capazes de modernizar o país, implementar e conduzir, as reformas administrativas e sociais de fundo, de que tanto este país necessita;
4- Desmantelamento da capacidade produtiva, principalmente da agricultura, pesca e industria, devido aos avultados subsídios vindos da União Europeia. Não conheço nenhum país rico e desenvolvido, que não tenha uma agricultura forte;
5- Falta de qualidade na classe política, neste quarto de século, gente com as vistas muito curtas, políticas eleitoralistas, fracos zeladores da coisa pública, gastadores bacocos, falta de políticos com as vistas largas, capazes de rasgar horizontes e de puro-sangue luso.
Muitas mais explicações haverá com certeza, mas deixo para os leitores deste blog. Só nos conseguiremos levantar, erguer das cinzas, se reencontramos colectivamente o espírito combativo, o querer, a determinação, a disciplina, o rigor e a visão dos portugueses, de há quinhentos anos, que colocaram Portugal no Top das mais poderosas Nações do Mundo.
Francisco Fonseca
Segundo o jornal Le Monde, Portugal caminha inexoravelmente para a pobreza, com uma completa paralisação económica. O país não passou pelos delírios bancários da Irlanda, nem pelas loucuras imobiliárias de Espanha, nem mesmo pelo devaneio da Grécia, mas foi o pior a colmatar os pontos fracos com pontos fortes.
Não estamos ameaçados pela bancarrota no imediato, mas estamos forçosamente desprovidos de perspectivas de melhoria, no curto prazo.
A crise já foi declarada, a reacção vai fazer-se através de uma greve geral. A questão de fundo é que a alternância política dos últimos 30 anos tem sido baseada por uma continuidade das mesmas políticas, ou seja, por políticas clientelistas. A pergunta em que poderemos começar a pensar é se conseguiremos nós resolver, esta crise neste sistema político ou se será necessário, regressar a um regime autoritário?
Francisco Fonseca
Durante os dois últimos dias, os países que formam o G20 comprometeram-se a tomar medidas para evitar a chamada guerra cambial, fortalecer a cooperação internacional, no sentido de reduzir os principais desequilíbrios globais.
Na minha opinião, esta cimeira traduziu-se num fracasso total, pois nenhum acordo concreto foi anunciado, pelos líderes das maiores economias do mundo. O que vamos assistir é a adopção de medidas proteccionistas unilaterais, como a que os EUA anunciaram na semana passada ao a Federal Reserve americana injectar 600 biliões de dólares no mercado financeiro, desvalorizando assim a moeda, para estimular as próprias exportações.
Os principais países temem as economias emergentes, mas a nova ordem é inevitável e, Portugal pode vir a beneficiar muito se for adoptada uma estratégia sustentada de expansão empresarial, em três eixos fundamentais, América do sul, África e oriente.
Francisco Fonseca
O Estado português comprou, no passado mês de Outubro uma viatura protocolar. Até aqui tudo bem, mas trata-se de uma viatura Mercedes S450CDI no valor de 140.876 euros. Estes senhores não passam de uns bacocos, pois passam a vida a pedir sacrifícios aos cidadãos e depois gasta-se esta quantia num só carro. Haja decência, moral, respeito, tenham vergonha!
Precisamos de ser reeducados, venha lá quem vier, mas uma coisa parece certa, sozinhos não conseguiremos mudar esta cultura, que se instalou em todos os níveis da governabilidade deste país.
Francisco Fonseca
Hoje foi um dia em que os mercados financeiros confirmaram a minha tese. No sábado o governo e o principal partido da oposição firmaram um acordo, para aprovação do orçamento de 2011 na Assembleia da República. Todos os interlocutores, governantes, principais figuras da oposição e comentadores televisivos da especialidade, foram unânimes em dizer que agora havia condições para os mercados financeiros acalmarem e Portugal passar a ter credibilidade perante o exterior.
Passou um dia e a taxa de juro da dívida pública ultrapassou a barreira dos seis pontos percentuais. Então devo dizer que a especulação financeira continua, ela não quer saber dos acordos que os governos estabelecem, nem do que a oposição declara, ainda muito menos dos comentários dos reputadíssimos economistas, mas simplesmente quer aproveitar-se das debilidades estruturais e económicas do nosso país.
O mercado financeiro, essa coisa que toda a gente fala, mas ninguém sabe quem é; essa coisa que todos precisam respeitar, mas não sabem como fazê-lo; essa coisa de que todos dependem, mas ninguém sabe como. É esse ilustre desconhecido que vai dominando as agendas governamentais, principalmente dos países da união europeia.
Francisco Fonseca
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2009 existiam cerca de 2 milhões de portugueses a viver na pobreza, número que aumentou muito significativamente, em Julho deste ano, para 2,5 milhões.
Portugal é o nono país mais pobre dos 27 da EU. Com o acordo alcançado para a aprovação do Orçamento de Estado vai haver cortes salariais, no abono de família, aumento do IRS, aumento do IVA, entre muitas outras medidas de austeridade. Tudo isto, não me restam dúvidas, vai afectar ainda mais as famílias portuguesas, principalmente aquelas que menos rendimentos dispõem para o seu orçamento familiar.
Com este cenário, resta-nos subir no ranking de pobreza entre os países da EU. Todos dizemos que a culpa deste estado de coisas é dos políticos, pois são fracos e incompetentes, mas a culpa é nossa, pois somos nós que os elegemos através do voto democrático, sendo muito interessante que ninguém com reconhecidas capacidades queira ir para o lugar deles.
Francisco Fonseca
Hoje Portugal aparece como um dos países mais corruptos da Europa. Que razões haverá para que à corrupção tenha aumentado em Portugal?
Em minha opinião, o primeiro factor prende-se com o legislador, ou seja, as leis são herméticas e ninguém as entende, são feitas sem o conhecimento da realidade, simplesmente suportadas pela verborreia do legislador.
Por outro lado, a justiça é demorada devido ao grande volume de produção legislativa e às constantes alterações, que acontecem no panorama jurídico nacional.
Mas, hoje estamos perante um tsunami financeiro, as nossas vidas pessoais estão absolutamente fora do nosso controlo e as nossas expectativas completamente defraudadas.
O nosso país é um bom exemplo de deixar para depois o que não nos afecta hoje, mas esse tempo acabou, teremos de acordar, de fazer qualquer coisa, pois caso contrário as nossas vidas serão consumidas por esta armadilha, em que os europeus estão a cair incrédulos.
Estamos a viver tempos em que todas as nossas expectativas estão a ser abruptamente despedaçadas e, o pior é que sem qualquer reacção da nossa parte.
Mais uma vez digo e reafirmo, está na hora de arrepiarmos caminho urgentemente!
Francisco Fonseca
A 100 anos (Hilferding, 1910) dizia que o “capital financeiro é o capital que se encontra à disposição dos bancos e que os industriais utilizam".
O crescimento do sistema financeiro é uma das principais consequências da globalização.
Por outro lado, a acumulação de capital financeiro tem-se mostrado cada vez mais forte, sem que, os governantes dos principais países nada consigam fazer.
Todos somos testemunhas, de como o sistema financeiro através da especulação conseguiu fabricar uma crise, aproveitando a desregulamentação dos mercados financeiros, devido à inércia dos governantes mundiais.
Um dos principais elementos definidores, do sistema financeiro contemporâneo é o papel central dos EUA e o predomínio do capital financeiro na economia e políticas mundiais.
Posto isto, será que as mais altas instâncias europeias estão infiltradas pelos serviços secretos norte americanos? Será que toda está gente está a viver numa outra dimensão? Como é possível, ouvir ilustres políticos, todos os dias, anunciarem mais medidas de austeridade, para conseguir a confiança de quem nos colocou em crise e nos mantém refém dela, ou seja, o sistema financeiro, os mercados financeiros.
Será que ninguém consegue vislumbrar, entre os iluminados das nossas praças, de que a fragmentação da zona euro é um dos objectivos imediatos de quem controla o sistema financeiro. O Dólar não pode deixar de ser a moeda dominante, em todos os mercados financeiros. O euro começou a ameaçar essa realidade.
O reforço mútuo, entre o predomínio do capital financeiro e o poder americano mostra-se cada vez mais como uma realidade, do presente e do futuro.
Já escrevi que esta crise foi fabricada, foi montada e, os sinais começam a estar bem à vista. É verdade, Portugal é um país falhado economicamente, mas isso não é de agora, já lá vai muito tempo. Acho que chegou o tempo de todos os ilustres economistas, políticos, fiscalistas, entre outros, deixarem os comentários fáceis nos media e passem a dar o corpo ao manifesto, isto é, arregacem as mangas!
Francisco Fonseca
Hoje todos temos opinião sobre tudo, mas a realidade é que nada conhecemos. As pessoas produzem juízos apressados, que levam a condenações precipitantes, baseados em estereótipos, pensamentos tacanhos.
Podemos dizer que vivemos também na época do fast food intelectual e, isto por culpa de comentadores, políticos, jornalistas, escritores e publicitários.
Os espaços informativos de qualquer canal televisivo são autênticos hamburgers, já as novelas e as revistas cor-de-rosa são a sobremesa servida em forma de donuts.
Penso que cada vez mais o problema está na família e na escola que temos hoje. Os pais intoxicam as crianças, desde muito cedo com desenhos animados, videojogos e telenovelas, de forma a não chatearem muito. Depois é normal que estas crianças quando passam a vida adulta, não tenham uma vida saudável e equilibrada em termos de raciocínio.
O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades, ou seja, repleto de hamburgers, donuts e intoxicações de que são vítimas diariamente.
Por isso, nenhuma admiração que nestes tempos de abundância e desenvolvimento tecnológico, os grandes pilares do desenvolvimento humano estejam em decadência. Os valores da família são contestados, as tradições esquecidas, a cultura violentada e a arte passou a ser doentia, fútil e desinteressante.
Por outro lado, floresce a pornografia, a imitação banal, o egoísmo, o individualismo e, os grandes tráficos mundiais. Acho que não é o fim de uma forma de civilização, ou a decadência final, como muitos vão apregoando.
Penso que tudo isto não passa de obesidade mental, isto é, o homem dos nossos tempos está bastante adiposo no pensamento, nos sentimentos e gostos. Como todos os grandes responsáveis pelos desígnios da civilização apregoam, de que o mundo necessita de grandes reformas, desenvolvimento económico e progresso tecnológico. Na minha opinião nada disto é uma necessidade premente. Mas sim, é urgente que o homem comece a fazer uma dieta mental, caso contrário correremos o risco do cérebro humano perder a racionalidade que o caracteriza.
Francisco Fonseca
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