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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Num estudo levado a cabo por uma equipa de investigadores sob a liderança de Sukhvinder Obhi, na McMaster University, Hamilton, Ontario, Canada, concluiram que as posições de poder provocam danos cerebrais que se traduzem na perda da capacidade de "ler" as emoções das outras pessoas e sentir empatia. Esta alteração no cérebro fica a dever-se à sua neuroplasticidade, a característica que permite à mente reprogramar-se em resposta às experiências da vida.
Quantas vezes pessoas que testemunharam um colega a ser promovido notaram provavelmente algumas alterações no seu comportamento e nem sempre para melhor. "Parece que o poder tem um efeito profundo no sistema neurocognitivo subjacente ao comportamento", concluem neste estudo.
O estudo contou com 45 participantes, a quem foi pedido que relatassem as experiências em que se tinham sentido uma de três coisas: poderosos, impotentes ou neutros. Em seguida, foi-lhes mostrado um vídeo de uma mão a apertar uma bola de borracha, uma vez que ver os movimentos de outras pessoas normalmente ativa o cortex motor primário - a nossa perceção das ações dos outros leva a uma atividade cerebral muito semelhante à que ocorre quanto somos nós a executar a mesma ação. No caso dos participantes que se sentiam com poder, essa área do cérebro mostrou-se significativamente menos ativa. E note-se que nenhum dos envolvidos na experiência detinha, na realidade, uma posição de poder permanente: Eram universitários que apenas tinham sido "preparados" previamente para se sentirem poderosos, ao recordarem uma experiência em que tinham estado numa posição de liderança.
As conclusões deste estudo alinham-se com as do professor de psicologia Dacher Keltner, da Universidade da Califórnia em Berkeley, depois de 20 anos de experiências de campo e em laboratório: Sob a influência do poder, os indivíduos tornam-se mais impulsivos, menos conscientes dos riscos e menos capazes de ver as coisas sob o ponto de vista dos outros. Nos casos mais graves, os líderes podem mesmo sofrer da síndrome de Hubris, ou a "síndrome da presunção" que tem uma vasta lista de sintomas, desde a perda de contacto com a realidade, excesso de autoconfiança e desprezo pelos outros.
Ou seja, como resumiu Keltner, é o "paradoxo do poder": "uma vez alcançado o poder, as pessoas perdem algumas das capacidades que precisaram para lá chegar". Muito curioso as conclusões deste estudo! Agora consigo compreender muito melhor alguns episódios...da nossa mundana vida social.
O mundo sofre transformações a uma grande velocidade como nunca aconteceu na história e as mudanças são difíceis de percecionar e entender por parte dos Estados, das instituições e dos cidadãos. Hoje em plena globalização assistimos aos atores privados a tomarem o lugar dos Estados e os mercados a substituírem-se aos sistemas políticos.
Os círculos e os centros de poder sofrem alterações, a geoestratégia está em constante redefinição, no palco mundial devido à emergência de países como a China, Índia, Brasil e Rússia. Assistimos à concentração de grandes grupos económicos em multinacionais, onde o poder é concentrado em interesses privados, aumentando o seu poder, que através de fortes lobbies tomam conta da governação.
As políticas públicas e as leis são feitas de acordo e com a permissão dos lobbies esmagando os interesses, os valores das comunidades e dos seus cidadãos. Esta crise é o reflexo fidedigno desta realidade. Vejamos como a sociedade portuguesa está a ser espoliada, para servir os interesses dos mercados e das elites mais ricas do país.
As previsões dos governos em Portugal são constantemente falhadas e revelam-se sempre aquém das expectativas. O governo vive numa realidade fictícia, enquanto a grande esmagadora dos portugueses vivencia uma dura realidade, onde crescem as desigualdades de rendimentos e a concentração de riqueza.
Temos hoje as principais instituições mundiais infiltradas pelos interesses dos mercados financeiros, que vergam os governos nacionais, na adoção de políticas tendentes a servir as intenções dos grandes lobbies. A revolução de que a sociedade portuguesa está a ser alvo tem como objetivos principais a redução generalizada dos salários, o desaparecimento de empresas, a criação de uma grande massa de desempregados e finalmente o depauperamento geral do país.
Todas as pessoas que se vêem na iminência de deixar cargos de poder, ou por se reformarem, ou por fim de ciclo, sentem uma sensação muito próxima, daqueles que deixam a droga. A perda do poder é também, uma perda do papel social e de tudo que está associada a ele. O poder vicia as pessoas quer a nível físico, quer a nível psicológico. Isto explica a dificuldade das pessoas, que estão muito tempo no poder, de o deixar quando chega o momento, pois, em certos casos chegam mesmo a resistir à saída.
A excitação, a adrenalina, sentidas nas discussões importantes, que envolvem outros dirigentes de topo, faz com que as pessoas se sintam sempre muito preenchidas interiormente. Quando deixa de acontecer, o vazio começa a ser cada vez maior, deixa-se de sentir o sangue correr nas veias, os indivíduos ficam afectados de forma irremediável. Estar fora do poder corresponde a estar longe das câmaras de televisão, das primeiras páginas dos jornais, ou seja, longe do frenesim social, quase invisível.
Um dos exemplos mais actual é o do ex-presidente Lula, quando afirmou que é difícil voltar à planície, depois de ter trilhado um caminho difícil e tortuoso para chegar ao poder. Esta franqueza não está ao alcance de qualquer um, pois ele consegue, nas suas declarações expor perfeitamente, as grandezas e as debilidades de um ser humano. Pena que todos aqueles que exercem o poder, seja a que nível for, não tenham a mesma humildade, pois o mundo seria bem diferente.
Política, poder, jogos, tudo isto tem um fim!
Muitos de nós ainda pensamos que a nossa competência, dedicação, esforço poderão um dia ser recompensados pelos nossos superiores hierárquicos, o melhor mesmo é esquecer. Bom desempenho, bom profissionalismo não chegará para subir na escalada do poder, pois, valores mais altos se levantam quanto à questão do poder.
Sou de opinião, que uma boa performance, inteligência, e muita força de vontade não chegam para conseguirmos atingir lugares de destaque em termos hierárquicos. Para que isso aconteça é necessário, que as pessoas se saibam autopromover, cultivar uma imagem de autocontrolo e autoridade, escolher as relações certas, pedir favores as pessoas certas e na hora certa e saber bajular as pessoas com poder de decisão.
Hoje, torna-se imperioso sabermos e conhecermos o mundo em que vivemos, e reconhecer que não é o que muitos gostaríamos que fosse, ou seja, é como é, nada mais. Este é um factor fundamental para quem deseja subir uns degraus na escada do poder. Muitas vezes ouvimos dizer que as pessoas têm aquilo que merecem, quem pensar assim não irá muito longe…
Assim, a verdade simples e universal é que a política triunfa sempre sobre a performance. Muitos teóricos sobre gestão e liderança, nos seus livros e palestras deveriam colocar o seguinte aviso: Atenção este conteúdo poderá ser prejudicial para a sua carreira. A verdade é que a maior parte destes gestores de sucesso contam as suas histórias, mas escondem e maquilham os jogos de poder, que tiveram de fazer para lá chegar.
Francisco Fonseca
A 100 anos (Hilferding, 1910) dizia que o “capital financeiro é o capital que se encontra à disposição dos bancos e que os industriais utilizam".
O crescimento do sistema financeiro é uma das principais consequências da globalização.
Por outro lado, a acumulação de capital financeiro tem-se mostrado cada vez mais forte, sem que, os governantes dos principais países nada consigam fazer.
Todos somos testemunhas, de como o sistema financeiro através da especulação conseguiu fabricar uma crise, aproveitando a desregulamentação dos mercados financeiros, devido à inércia dos governantes mundiais.
Um dos principais elementos definidores, do sistema financeiro contemporâneo é o papel central dos EUA e o predomínio do capital financeiro na economia e políticas mundiais.
Posto isto, será que as mais altas instâncias europeias estão infiltradas pelos serviços secretos norte americanos? Será que toda está gente está a viver numa outra dimensão? Como é possível, ouvir ilustres políticos, todos os dias, anunciarem mais medidas de austeridade, para conseguir a confiança de quem nos colocou em crise e nos mantém refém dela, ou seja, o sistema financeiro, os mercados financeiros.
Será que ninguém consegue vislumbrar, entre os iluminados das nossas praças, de que a fragmentação da zona euro é um dos objectivos imediatos de quem controla o sistema financeiro. O Dólar não pode deixar de ser a moeda dominante, em todos os mercados financeiros. O euro começou a ameaçar essa realidade.
O reforço mútuo, entre o predomínio do capital financeiro e o poder americano mostra-se cada vez mais como uma realidade, do presente e do futuro.
Já escrevi que esta crise foi fabricada, foi montada e, os sinais começam a estar bem à vista. É verdade, Portugal é um país falhado economicamente, mas isso não é de agora, já lá vai muito tempo. Acho que chegou o tempo de todos os ilustres economistas, políticos, fiscalistas, entre outros, deixarem os comentários fáceis nos media e passem a dar o corpo ao manifesto, isto é, arregacem as mangas!
Francisco Fonseca
Alguém dizia que tudo na vida passa pela matemática. Nos tempos que vivemos, as contas são mais que muitas e os resultados por vezes divergem. Depende muito de quem as faz, pois a lógica de 2 mais 2 serem 4, está ultrapassada e outras lógicas surgem.
Neste Mundo cada vez mais vertiginoso, onde só se fala em crise e ninguém já se lembra dos milhões de seres humanos que passam fome. Mas existe uma equação para acabar com a fome: Comida = Terra + energia fóssil + água.
Depois, fala-se de manhã até a noite em economia, desde as conversas de café até aos corredores do poder. Mas existe também uma equação fundamental para se entender a economia: Economia = Produção + (moeda corrente x crédito) – custo(minerais + energia + água).
Por fim, os mais ilustres sabedores da economia antiga e da economia moderna, são da opinião que para o país sair da crise é necessário e urgente produzir mais riqueza. Também aqui existe uma equação que nos ajuda a entender melhor este fenómeno de produzir riqueza licita, pois a maior parte é produzida ilicitamente, dessa não vou aqui escrever a equação. Riqueza = Economia x geopolíticas.
Pensem nisto e depois digam de vossa justiça!
Francisco Fonseca
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