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O maior Big Brother do século XXI

por franciscofonseca, em 06.10.11

O Facebook está próximo dos mil milhões de utilizadores em todo o mundo. A empresa criada por Mark Zuckerberg duplica a cada ano que passa o material partilhado pelos utilizadores, as suas histórias de vida e os seus interesses. Muitos analistas têm acusado a maior rede social, de abusar da privacidade dos utilizadores, mas a verdade é que ninguém é obrigado a “postar” a sua vida.

Esta rede social tem como grande objectivo, levar as pessoas a partilharem o mais possível a sua informação, pois com isso os ganhos da empresa em publicidade aumentam, com a publicidade direccionada. Quanto aos ganhos dos utilizadores do Facebook, quer-me parecer que não são assim tão óbvios.

A invasão da privacidade, por parte das redes sociais já foi amplamente estudada, principalmente em termos sociológicos. Mas a questão é muito simples, se as pessoas estão dispostas a desnudarem-se perante milhões de outros utilizadores, o problema será sempre dessas pessoas.

Milhões de pessoas colocam toneladas de informação sobre as suas vidas no Facebook, a grande questão prende-se com o facto de se saber, que tipo de utilizações poderá a empresa fazer de toda essa informação e com que fins.

O problema mais grave na utilização do Facebook é que existem pessoas que passaram a viver na rede social, criaram uma verdadeira dependência, diminuindo consideravelmente a sua produtividade e os seus relacionamentos pessoais.

Abandonar essa dependência por vezes não é fácil, a afeição é muito forte e em muitos casos a dependência não acaba de um dia para o outro. O problema é ainda mais gravoso, quando essa dependência acontece nas crianças. Em qualquer dos casos, as consequências nas suas vidas podem ser devastadoras, quer em termos familiares, quer profissionais.

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publicado às 18:49

Redes sociais, perversões e futuro

por franciscofonseca, em 11.12.10

 

As redes sociais vieram para ficar, neste mundo tendencialmente globalizante. Constituem um meio fantástico de contacto com outras pessoas na internet. Os sites das redes sociais funcionam como grandes agregadores de perfis, ou seja, uma colecção de informações, que passam pelos interesses, hobbies, escolaridade, profissão, idade, nacionalidade, entre muitas outras, dos seus utilizadores.

Muitos colocam fotos nos seus perfis, vendo depois as suas imagens serem utilizadas em situações degradantes e humilhantes, tendo plena consciência que o seu direito à imagem foi violado. Muitos outros começam a perder o controlo, sobre informações que colocam online, sejam relacionadas com os seus dados pessoais, comentários sobre o seu trabalho, ou ainda relacionados com a sua empresa. Estas informações ficam totalmente desprotegidas, podendo mesmo ser utilizadas, por exemplo na espionagem empresarial, cada vez mais em voga.

Redes como o Facebook, Orkut, Twitter, entre outras, constituem uma vastíssima fonte de informação, para pesquisa, por parte dos seus utilizadores, mas também dos serviços de informações secretas, dos grupos terroristas e dos grupos que se dedicam à criminalidade altamente organizada transnacional, nomeadamente para fazer passar mensagens codificadas.

Veja-se, ainda muito recentemente, o impacto que teve o caso do wikileaks e o seu fundador Julian Assange, a quando da divulgação de informações altamente comprometedoras, para a diplomacia norte americana em todo o Mundo. Esta crescente comunidade virtual vai ser responsável, por uma mudança de paradigma da sociedade. Este acontecimento foi positivo ao nível da informação dos cidadãos, mas vai arrastar consigo, perigos no controlo da disseminação de informações, políticas, no sentido de evitar estas fugas. Os estados unidos acabam de anunciar, que se for necessário bloqueiam o acesso à internet, ficando somente a funcionar numa rede doméstica. Este exemplo é bem elucidativo, da forma como as sociedades podem evoluir, isto é, podemos estar a caminhar para sociedades sem direitos humanos, cinzentas, opacas e onde o interesse individual se sobrepõe ao interesse colectivo.

Francisco Fonseca

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publicado às 14:02


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