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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Os governantes portugueses apresentaram o Orçamento de Estado para 2013, um orçamento carregado de austeridade, que vai exigir um esforço colossal à maioria dos portugueses, já sufocados com impostos. Mas esta receita irá provocar efeitos muito nefastos, na sociedade, na economia e principalmente naqueles que dependem do trabalho para sobreviver.
Os protestos em Portugal e por essa Europa fora são cada vez mais participados, começam a incomodar os políticos e as políticas desenhadas pela senhora Merkel. O desafio passa por transformar toda esta energia numa compreensão da atual situação em que vivemos. Os políticos europeus podem estar a subestimar uma linha muito ténue, que existe entre descontentamento e revolta.
A oligarquia financeira europeia está a impor um genocídio social em que o rastilho poderá dar origem à explosão. Os movimentos socias multiplicam-se, em muitos casos apartidários e multigeracionais e as manifestações massivas contra a austeridade invadem as capitais europeias. Os cidadãos europeus estão cada vez mais descontentes com os seus governos nacionais, em particular, e com a Europa, no geral.
Em Portugal os políticos têm ignorado a voz do povo. As eleições têm sido vistas como despojadas de sentido na medida em que políticas neoliberais, que promovem a desregulação do mercado, as privatizações e o mercado laboral flexibilizado, são perseguidas de formas demasiado similares seja qual for o governo. Desta forma as principais instituições políticas são consideradas como corruptas, ineficientes, ineficazes e irrelevantes, e os protestos explodem nas ruas.
É necessário uma outra forma de fazer política, diferente da política europeia dominante, percecionada como elitista e tecnocrática. O mais significativo que tudo o resto, terá de ser uma política centrada nas preocupações dos seus cidadãos comuns. Se nada for feito, os protestos poderão infligir uma mudança drástica na caminhada europeia. O povo é quem mais ordena e está de costas voltadas para as elites políticas. A linha que separa o descontentamento de uma verdadeira revolução é ténue. E os apelos à revolta fazem-se ouvir cada vez com mais frequência.
A Síria é um dos países árabes menos influenciados e influenciáveis pelo mundo ocidental, ou por qualquer outro país, em função de seu histórico isolamento, devido principalmente ao alinhamento à ex-URSS no contexto do confronto com Israel e da Guerra Fria. O verdadeiro e único aliado importante de hoje é o Irão.
A Rússia e a China são aliados da Síria, principalmente devido aos interesses geoestratégicos. Hoje usaram o poder de veto para impedir resoluções do Conselho de Segurança da ONU que tinham como objetivo pressionar o presidente sírio, Bashar al-Assad, a pôr fim ao conflito de 16 meses que já matou milhares de pessoas.
Mas, a Síria faz parte do plano de democratização, que alguém já batizou de primavera árabe, que só terminará quando chegar ao Irão. Na Tunísia, Marrocos, Egito, Iêmen, Jordânia, Bahrein e Líbia os planos de democratização já estão em marcha. Chegou a hora da queda do regime sírio, mas neste caso, o líder do mundo ocidental não optou pela via da intervenção militar como aconteceu na Líbia. Os serviços secretos fizerem os mesmo trabalho que foi feito no Egipto.
A maioria dos militantes envolvidos no conflito militar na Síria são mercenários recrutados no Iraque, Líbia, Jordânia e Arábia Saudita que utilizam armas tecnologicamente sofisticadas concebidas para combates urbanos, sistemas de visão noturna, meios de comunicação modernos, que causam as maiores baixas ao exército e serviços de segurança sírios.
A mais que provável renúncia do presidente Bashar al Assad poderá estar próxima. Mais do que nos demais países árabes, é o fim de uma era. Um fim muito abrupto de uma era tão duradoura quanto dura.
A ser confirmada a renúncia, Assad vai adotar o modelo seguido pelo Egipto, de entregar os anéis para não perder os dedos. Neste caso, deixar o poder junto com toda a cúpula do partido Baath para entregá-lo ao exército, a fim de que este tente comandar e controlar a transição política. Os riscos são, literalmente, explosivos. Pois pode ser muito pouco e muito tarde.
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