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Se não podemos mudar o país, podemos reinventa-lo

por franciscofonseca, em 18.10.12

Chegou o momento que ninguém pode ficar de braços cruzados a ver a sua vida passar. Temos de ser irrequietos, empreendedores e ativistas sociais com convicção. É urgente encontrar uma plataforma alargada, para encontrar um novo modelo de sustentabilidade, que coloque o lucro em plano de igualdade com as pessoas e o planeta (os famosos três Ps: People, Planet, Profit).

É necessário um Plano B desenhado por esta plataforma, que reconheça o trabalho e os sucessos do que já foi alcançado, aperfeiçoá-lo e, de forma coletiva, traduzi-lo em ações, implementando-as de seguida, para redefinir as novas práticas de negócio, vivência em sociedade, de forma a alimentar as expetativas de todos os portugueses.

É verdade que todas as revoluções, dentro deste contexto são, geralmente, iniciadas da base para o topo. Mas, estou em querer que, as dinâmicas inversas podem também ter um papel crítico na transformação deste sistema económico e político, basta que assim queiram e que elejam os frutos do longo prazo em detrimento dos lucros imediatos.

Este movimento cívico, apartidário, catalisador e desafiador têm poder e capacidade para alterar o curso deste genocídio coletivo, para onde estamos a ser empurrados, alterando o rumo dos acontecimentos, para que rapidamente possamos assumir como garantia, que existem alternativas, para a construção de um novo paradigma social, em que seja possível viver em situações win-win para todos os portugueses.

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publicado às 20:24

Não devemos ter medo das revoluções

por franciscofonseca, em 24.04.11

Em Portugal comemora-se os 37 anos do 25 de Abril, data em que se assinala o fim de um regime neofascista e a passagem para uma democracia liberal. No meu entender demasiado liberal, pois, durante estes anos assistimos à destruição da indústria, das pescas, da agricultura, da cultura e da soberania. Não necessitamos entrar em pânico, apesar de as revoluções serem muito confusas, não seguirem qualquer tipo de lógica e serem imprevisíveis, quanto ao seu desfecho.

As revoluções que se vivem no Médio Oriente, numa primeira análise têm a ver com a falta de fornecimento suficiente de emprego, educação, habitação e dignidade de uma população jovem, em acelerado crescimento, ressentida com passados dinásticos, cada vez mais ligada entre si e com o mundo através das tecnologias, comparando a sua situação com outras em qualquer parte do mundo. Quando um Estado fracassa no fornecimento, as tensões aumentam entre a população.

Nenhuma revolução constitui uma analogia perfeita para qualquer uma outra. Na medida que as revoluções vão evoluindo, as memórias, os ressentimentos e as fracturas sociais específicas de cada país irão moldar os resultados futuros.

O Zeca Afonso dizia “eles comem tudo, comem tudo e não deixam nada”, nunca esta frase foi tão actual como agora. Os nossos políticos durante todos estes anos viveram deslumbrados com os almoços grátis. Agora chegou a hora dos senhores que controlam o capital financeiro, através dos seus mandatários (FMI e EU), virem impor as suas regras, financiarem os principais bancos europeus, através do empréstimo que vão conceder ao nosso país. É um abraço mafioso, como podem comprovar os cidadãos gregos e irlandeses, pois continuam iguais ou piores depois de serem intervencionados.

Quando o fornecimento não é suficiente no emprego, educação, habitação e dignidade, as tenções crescem no seio das populações e Portugal caminha sem dúvida nesse sentido. Não está posto de parte que os trabalhadores e os povos europeus se revoltem, que aconteçam revoluções nos sistemas sociais e políticos. Penso que poderemos assistir a revoluções contra os abutres internos e externos, que transformaram o nosso país numa grande ossada. Eu não tenho medo das revoluções!

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publicado às 11:22

Revolução, petróleo, sangue e carnaval

por franciscofonseca, em 08.03.11

 

As revoluções no mundo árabe trazem preocupação, mas não devemos entrar em pânico. Qualquer revolução é confusa e sem qualquer tipo de lógica. Vejamos o caso português que, em dois anos passou de uma ditadura neofascista para uma democracia pseudoliberal. Todos os países do Médio Oriente apresentam cores diferentes, tem a sua própria história e identidade. A maior fonte de tensões, na minha opinião, prende-se com o fracasso dos governos destes países, no fornecimento de educação, emprego, habitação e condições de dignidade aos seus jovens cidadãos.

O aumento do preço dos combustíveis deve-se em primeira linha, à instabilidade vivenciada na Líbia, país rico em recurso minerais, mas gerido em benefício de Kadhafi, da sua família e dos seus apoiantes. Se esta instabilidade contagiar a Arábia Saudita, onde se encontram os maiores campos de extracção petrolífera do mundo, então, poderemos assistir a uma escalada do preço do petróleo nunca antes vista que, poderá aproximar-se dos 200 dólares por barril. Se isto vier a acontecer, os preços dos bens aumentará de forma significativa, as pessoas irão sentir dificuldades no pagamento das suas contas, nomeadamente das hipotecas, empréstimos e a economia sofrerá um colapso.

Esta revolução é regional, um movimento no qual cada geração jovem de cada país aprendeu tácticas, ajudas tecnológicas e slogans entre si. Desde a Tunísia, ao Egipto e agora na Líbia que, a resistência dos autocratas tem aumentado. Khadafi tem mantido o poder há 41 anos, recorrendo à brutalidade e a perseguição. Mercenários, snipers, helicópteros atiram indiscriminadamente contra cidadãos líbios que, protestam contra o regime. A pressão internacional tem sido muito ténue, pois estão em causa muitos acordos sujos, em nome do petróleo e da geopolítica, estando agora a atormentar os que os assinaram.

Mas em época de muitos carnavais, por toda a parte, não podemos pensar que estes países, ou quaisquer outros, podem ser governados por uma multidão da Praça Tahir, por uma conta do Facebook ou do Twitter. E quer-me parecer que o movimento “geração à rasca” que, já incomoda muita gente é resultado do fracasso, dos sucessivos governos em Portugal, no fornecimento de melhores condições, para os seus jovens.

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publicado às 13:34

A era das revoluções

por franciscofonseca, em 04.02.11

  

Estamos e entrar numa era em que, as revoluções vão ditar o fim dos ditadores, dos tiranos. Os acontecimentos no mundo árabe vão contagiar outros pontos no globo. Quando o povo faz as revoluções, elas são imparáveis, não há regime que as consiga deter por muito tempo. A revolução da Tunísia alastrou ao Iémen, Egipto e muito provavelmente irá contagiar a Jordânia, Argélia, Marrocos, Arábia Saudita, Síria, Sudão, Líbia e Mauritânia.

Mas as revoluções irão chegar à Europa, à América, à China. Quando o povo perceber que, os sacrifícios por que está a passar servem sobretudo para engrossar os lucros dos banqueiros, dos especuladores, dos que servem o liberalismo selvagem, as revoltas irão surgir.

O preço dos bens alimentares estão a aumentar mundialmente, os desempregados são cada vez mais, a pobreza alastra em todas as sociedades, pelo que será inevitável a revolta dos povos. Hoje, em Portugal os maiores 3 bancos privados anunciaram o aumento astronómico dos seus lucros em 2010, ano de crise e de grandes dificuldades para a maioria dos portugueses. Não deixa de ser curioso. Espero que os milhares de jovens licenciados desempregados deste país tomem consciência, para onde estão a ser conduzidos. Revoltem-se, gritem, façam-se ouvir, deixem o conformismo e partam para a luta, só assim conseguirão sair do lodo onde estão atolados.

A história humana está recheada de revoluções, muitas delas fratricidas. Creio que brevemente estaremos na presença de uma grande revolução de valores, de solidariedade, liberdade, a nível mundial.

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publicado às 13:40

A volta dos que não foram ao Egipto

por franciscofonseca, em 02.02.11

 

Regressei hoje do Egipto, onde estive algumas horas no Cairo. Em conversa com gente bem informada sobre a realidade Egípcia, constatei que é um dos países mais populosos de África, com cerca de 84 milhões de habitantes, dos quais 24 milhões vivem no Cairo. Aproximadamente 40% da população vive com 1 dólar por dia, não existe classe média, enquanto outra parte vive luxuosamente. Os jovens com menos de 24 anos, bem formados são a maioria da população e vêem-se sem quaisquer perspectivas de futuro, sendo o motor desta revolução.

O presidente Hosni Mubarak não vai deixar o poder, pois tem muito a perder, as manifestações e os confrontos intensificam-se, agora entre apoiantes do regime e manifestantes que apelam à saída do presidente. Todos os centros comerciais do Cairo já foram incendiados, o principal museu do Egipto já foi pilhado, 10 mil presos foram libertados espalhando o caos durante a noite, assaltando residências e pilhando as lojas comerciais.

Os manifestantes revoltaram-se contra a polícia, o que levou estes a despiram a farda e juntaram-se aos manifestantes. No seio das forças armadas já aconteceram várias cisões, entre as principais chefias. A guarda presidencial já tomou medidas de reforço na defesa do palácio, mas o assalto final pode mesmo acontecer nos próximos dias, com um banho de sangue.

Esta corrente revolucionária que começou na Tunísia e contagiou o Egipto pode vir a contagiar outros países como a Síria, Jordânia, Arábia Saudita, Argélia, Marrocos e Líbia. Podemos estar na presença de um contágio sem precedentes no mundo árabe, sendo o principal perigo o surgimento de forças radicais e extremistas, que tomem o poder, à semelhança do que aconteceu no Irão.

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publicado às 18:01

Corrupção em Portugal

por franciscofonseca, em 26.10.10

Hoje Portugal aparece como um dos países mais corruptos da Europa. Que razões haverá para que à corrupção tenha aumentado em Portugal?

 

Em minha opinião, o primeiro factor prende-se com o legislador, ou seja, as leis são herméticas e ninguém as entende, são feitas sem o conhecimento da realidade, simplesmente suportadas pela verborreia do legislador.

 

Por outro lado, a justiça é demorada devido ao grande volume de produção legislativa e às constantes alterações, que acontecem no panorama jurídico nacional.

 

Mas, hoje estamos perante um tsunami financeiro, as nossas vidas pessoais estão absolutamente fora do nosso controlo e as nossas expectativas completamente defraudadas.

 

O nosso país é um bom exemplo de deixar para depois o que não nos afecta hoje, mas esse tempo acabou, teremos de acordar, de fazer qualquer coisa, pois caso contrário as nossas vidas serão consumidas por esta armadilha, em que os europeus estão a cair incrédulos.

 

Estamos a viver tempos em que todas as nossas expectativas estão a ser abruptamente despedaçadas e, o pior é que sem qualquer reacção da nossa parte.

 

Mais uma vez digo e reafirmo, está na hora de arrepiarmos caminho urgentemente!

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:27

Os sinais da ganância

por franciscofonseca, em 01.05.10

Hoje comemora-se o dia do trabalhador quase por todo o mundo. As notícias não são animadoras, manifestações acontecem por toda a parte, imagens de confrontos com a polícia, estamos a entrar numa era de convulsão social.

Mas a ganância dos predadores, contínua e com a feroz competitividade económica, os produtos finais têm de chegar aos consumidores com os melhores preços, com os mais baixos custos de produção.

Neste nosso mundo desenvolvido, maravilhoso, existem milhões de crianças que são escravizadas por grandes multinacionais, pois só dessa forma se consegue uma produção a baixo custo e produtos a preços competitivos.

Por isso assistimos a deslocalização de grandes empresas para países onde o trabalho infantil é permitido, os predadores sabem disso, mas a desculpa é sempre a mesma, tudo se fica a dever a competitividade económica.

Espantoso, porque será que o grupo do G8 não faz cimeiras para discutir este problema? Porque será que as organizações de protecção dos direitos humanos estão silenciosas? Hoje o poder dos predadores corrói todos os pilares da sociedade.

Deixo algumas fotos das vítimas dos predadores económicos.

 

 

 

 

 

  

 

 Francisco Fonseca

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publicado às 17:46

Presente e futuro

por franciscofonseca, em 27.06.09

 

 

Muito se tem publicado sobre as intenções da Coreia do Norte, mas quase nunca acertando, sobre as possíveis evoluções da postura internacional. Quando todos esperavam que aproveitasse a disponibilidade da administração Obama para dialogar foi tomar precisamente o caminho contrário.

 

É necessário ao mundo perceber a lógica da insistência no desenvolvimento de um arsenal nuclear à custa de manter a população a passar fome, sob uma implacável ditadura e em regime de total isolamento com o exterior.

 

A grave crise em que o Irão está mergulhado, pela contestação popular das eleições presidenciais que, de modo inesperado, deram uma vitória esmagadora ao Presidente Ahmadinejad, está relacionada com uma estrutura política de Estado única no mundo. O Irão tem um sistema híbrido que combina a liderança religiosa islâmica com a liderança resultante de um processo democrático, mas garantindo que a componente religiosa prevalece, em qualquer circunstância, sobre a republicana.

 

O Irão tem um papel fundamental a desempenhar na situação do Afeganistão, e de estabilização de toda a zona do médio oriente.

 

África, que nas últimas décadas tem sido devastada por guerras civis, que colocam o continente africano numa situação humanitária extremamente difícil, necessita urgentemente de medidas estruturais na agricultura, no desenvolvimento social e na saúde. África Central talvez seja a parte do território onde a situação seja mais grave actualmente.

 

De outro lado a Europa em que Portugal está inserido não está exposta a qualquer ameaça credível de forças convencionais mas não está livre de quatro grandes tipos de riscos que, mesmo distantes, podem afectar a estabilidade de que necessita para ter progresso social e económico, e para cuja solução pode ser necessário o envolvimento directo dos europeus.

 

São os riscos da instabilidade e caos provenientes de áreas de insegurança crónica, onde persistem vulnerabilidades económicas, demográficas, ambientais e graves desigualdades sociais; são os riscos provenientes de zonas de conflito que continuam por resolver; são os riscos de estados falhados cujos governos não conseguem controlar a totalidade do território, proteger as minorias e manter a lei e a ordem e, finalmente, é o risco do terrorismo transnacional levado a cabo por actores não estatais.

 

Mais alguns casos de instabilidade poderia referir, mas estes afiguram-se-me como os principais, num mundo cada vez com mais contrastes sociais e civilizacionais, mas que todos nós acreditamos que se trata de um mundo desenvolvido! Eu não embarco nessa caravela do desenvolvimento.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 17:00

Actualidade e a crise

por franciscofonseca, em 18.06.09

Esta crise importada de facto não o é para o nosso país, a braços anteriormente com uma crise interna de que a adesão à Europa e depois ao Euro, terá adiado a evidência, mas que com a má utilização dos dinheiros da UE e a contínua venda ao desbarato dos activos nacionais, como são exemplo a Galp, EDP e a PT, colocou a descoberto.

Mas quais os factores determinantes da latente e agora exacerbada crise nacional?

 

Primeiro sem dúvida a baixa produtividade da nossa economia. Somos ainda uma economia sem noção da globalização.

 

Em segundo, a maioria de negócios produtivos não são competitivos quando comparados com empresas estrangeiras que actuam em território português ou no estrangeiro.

 

Outra razão consiste no desmantelamento de sectores como a Agricultura e as Pescas. E nós um povo com tradições e com uma forte genética ligada ao mar.

 

Depois, uma estratégia desastrosa no que respeita à energia e aos transportes. Somos um país super dependente do ouro negro e, temos todas as condições de termos dos principais portos da Europa.

 

Finalmente, o vazio de ideias da nossa classe política, acompanhada por um descrédito cada vez maior dos cidadãos, nos partidos e nas principais instituições democráticas em Portugal.

 

E a cereja que falta no cimo do bolo são os pequenos burgueses sedentos de riqueza e de “novo-riquismo” existencial que vão destruir o nosso país se não os travarmos…

 

Francisco Fonseca      

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publicado às 22:32

A crise e as crises

por franciscofonseca, em 25.04.09

Todos, nos tempos que correm ouvimos falar e falamos da crise. Os culpados são facilmente elencados e conhecidos. A culpa deste estado de coisas é do capitalismo, a culpa é dos políticos, a culpa é dos bancários, mas na maior parte das vezes, a culpa acaba sempre por morrer solteira.

A verdade é que o capitalismo não está com problemas, as multinacionais e as grandes empresas é que estão com problemas.

A política não está com problemas, os partidos políticos e os seus dirigentes é que estão com grandes e graves problemas.

O sistema bancário não está com problemas, os bancos e os seus gestores é que estão com enormes problemas.

Os problemas ambientais estão na ordem do dia, mas a Natureza não está com problema algum. A Humanidade é que está com problemas. Porque a Natureza muda!

Nesta vivência cada vez mais acelerada, nas diversas estradas da vida, os eficientes sobrevivem, os ineficientes perecem. Estamos numa fase em que separação do trigo do joio se faz cada vez mais de forma natural. Na minha opinião o principal vector de evolução da sociedade continuará a ser, a criação de riqueza e a inovação.

Assim, todos estes actores, as multinacionais, os partidos, os políticos, os bancos e os bancários, entre outros, evoluem no caminho da eficiência, inovação e riqueza, ou não sobrevivem e perecem.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 15:27


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