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A POBREZA DA EVOLUÇÃO

por franciscofonseca, em 31.10.10

 

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2009 existiam cerca de 2 milhões de portugueses a viver na pobreza, número que aumentou muito significativamente, em Julho deste ano, para 2,5 milhões.

 

Portugal é o nono país mais pobre dos 27 da EU. Com o acordo alcançado para a aprovação do Orçamento de Estado vai haver cortes salariais, no abono de família, aumento do IRS, aumento do IVA, entre muitas outras medidas de austeridade. Tudo isto, não me restam dúvidas, vai afectar ainda mais as famílias portuguesas, principalmente aquelas que menos rendimentos dispõem para o seu orçamento familiar.

 

Com este cenário, resta-nos subir no ranking de pobreza entre os países da EU. Todos dizemos que a culpa deste estado de coisas é dos políticos, pois são fracos e incompetentes, mas a culpa é nossa, pois somos nós que os elegemos através do voto democrático, sendo muito interessante que ninguém com reconhecidas capacidades queira ir para o lugar deles.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 21:16

A CRISE DA MIOPIA

por franciscofonseca, em 27.10.10

 

 

Todos sentimos raiva, ansiedade e incerteza quanto ao nosso futuro. Este é o sinal inequívoco de que estamos a aceitar esta situação de crise.

 

Por outro lado, já todos interiorizamos que é melhor um mau orçamento, do que não virmos a ter nenhum. Os mercados financeiros assim o exigem e porque não queremos a intervenção de terceiros no nosso país.

 

A meu ver, ninguém com responsabilidades tem a noção, da realidade, da forma como este choque vai provocar danos na sociedade portuguesa.

 

Portugal é uma sociedade que mistura uma completa apatia com um desespero terrível e este cocktail, espero que venha a ter efeitos imprevisíveis em todos os cidadãos.

 

Estamos a viver uma miopia colectiva do desastre, onde todas as pessoas assumem que provavelmente nada disto está a acontecer e não vale a pena a ter preocupação, nem imagina a possibilidade que este desastre possa acontecer.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 23:34

Corrupção em Portugal

por franciscofonseca, em 26.10.10

Hoje Portugal aparece como um dos países mais corruptos da Europa. Que razões haverá para que à corrupção tenha aumentado em Portugal?

 

Em minha opinião, o primeiro factor prende-se com o legislador, ou seja, as leis são herméticas e ninguém as entende, são feitas sem o conhecimento da realidade, simplesmente suportadas pela verborreia do legislador.

 

Por outro lado, a justiça é demorada devido ao grande volume de produção legislativa e às constantes alterações, que acontecem no panorama jurídico nacional.

 

Mas, hoje estamos perante um tsunami financeiro, as nossas vidas pessoais estão absolutamente fora do nosso controlo e as nossas expectativas completamente defraudadas.

 

O nosso país é um bom exemplo de deixar para depois o que não nos afecta hoje, mas esse tempo acabou, teremos de acordar, de fazer qualquer coisa, pois caso contrário as nossas vidas serão consumidas por esta armadilha, em que os europeus estão a cair incrédulos.

 

Estamos a viver tempos em que todas as nossas expectativas estão a ser abruptamente despedaçadas e, o pior é que sem qualquer reacção da nossa parte.

 

Mais uma vez digo e reafirmo, está na hora de arrepiarmos caminho urgentemente!

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:27

Amorfismo e bacoquismo da sociedade Portuguesa

por franciscofonseca, em 21.10.10

 

A sociedade francesa está viva, manifesta-se, reage, luta contra as políticas prometidas pelo poder político.

 

A sociedade portuguesa vem sendo afectada, por várias políticas de austeridade e com promessas de mais impostos, menos salários, tudo em prol do sistema financeiro internacional, sem esboçar qualquer reacção.

 

Como disse o ministro das finanças hoje, se não ganharmos a confiança do sistema financeiro, Portugal fica sem financiamento e segundo ele isso seria desastroso! Será? Eu acho que isso seria óptimo, pois todos passaríamos a viver com os rendimentos que produzimos. Caso contrário, este ciclo ruinoso do endividamento das gerações futuras, isso sim, será o desastre da Nação.

 

Portugal comemorou 100 anos de república, mas a sociedade continua a viver de valores e princípios monárquicos. Vejamos a importância que é dada a algumas famílias da nossa sociedade, ao comportamento dos nossos políticos, a forma como a comunicação social aborda o quotidiano, a ostentação evidenciada pelos quadros superiores da administração pública, desde políticos, gestores públicos, directores de serviços, comandantes militares e policiais. Muitos destes passeiam-se todos os dias em viaturas de luxo, à custa dos nossos impostos, quando podiam muito bem, deslocarem-se nas suas próprias viaturas, conforme fazem a maior parte dos contribuintes. Este bacoquismo provinciano está muito enraizado na sociedade portuguesa.

 

Por outro lado, o amorfismo instalado na colectividade contribui para que as grandes rupturas, necessárias na cultura vivencial portuguesa fiquem adiadas indefinidamente.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:53

Renovar de ilusões

por franciscofonseca, em 25.10.09

 

Novo Governo esperança renovada. A meu ver penso que se trata, de uma forma geral de renovação, em que a maioria dos portugueses deposita poucas esperanças.

 

Mas vai ser seguramente diferente. Tempos diferentes, conjunturas diferentes, forças diferentes. É muito importante termos noção das diferenças, das características, dos perfis de cada actor neste novo paradigma.

 

Mas não tenhamos ilusões, os ventos vão continuar a soprar desfavoravelmente. É exactamente por sabermos deste estado de coisas, que o resultado global a ser alcançado é a soma das parcelas que cada um de nós conseguir alcançar individualmente.

 

Por vezes somos e pensamos extraordinariamente diferente dos outros, mas é nas épocas de grandes dificuldades, que precisamos de unir esforços para ir mais longe. Só assim conseguiremos um futuro melhor.

 

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Francisco Fonseca

 

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publicado às 11:38

Qualidades do bom gestor ou do bom político

por franciscofonseca, em 19.10.09

Hoje aprendi numa aula de políticas públicas leccionada pelo Professor José Oliveira Rocha, os 3 princípios para se chegar longe em muitas situações na nossa vida em Portugal:

1 – Estar sempre pronto para o serviço;

2 – Não fazer nada;

3 – Como vossa excelência quiser.

Para quem como eu, que já passou alguns anos numa instituição da Administração Pública, percebe isto perfeitamente.

Para quem nunca ouviu falar, este Professor Catedrático é o “super sumo” em termos de políticas públicas e administração pública em Portugal.

Posto isto, devo dizer que nos tempos que se avizinham, mais importante se constituem estes princípios, principalmente para quem quer construir grandes carreiras e nunca perder o lugar.

Somos um país onde crescemos numa cultura, em que temos muita dificuldade em harmonizar direitos com deveres, liberdade com responsabilidade, sistema político com o sistema judicial, ética com comportamentos e valores com princípios.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 23:15

A epidemia social

por franciscofonseca, em 17.08.09

O mundo em que vivemos está cheio de ambiguidades, transformações muito rápidas a todos os níveis, tecnológico, político, social e cultural.

 

As pressões que se exercem sobre a vivência das pessoas, torna a vida das mesmas mais complicada e difícil do que antigamente.

 

Vivemos apressadamente e sob o desígnio da competição doentia, gerando desequilíbrios emocionais graves, que afectam as pessoas de forma irreversível.

 

Assistimos cada vez mais a pessoas assoladas por perturbações, como são exemplo a ansiedade, pânico, instabilidade, irritabilidade e transtornos psíquicos e comportamentais que acabam por levar à depressão.

 

As pessoas sofrem muito com o negativismo, preocupações existenciais, imagem pessoal, estética e a sua carreira.

 

É necessário uma reflexão profunda sobre o caminho que estamos a seguir e que tipos de pessoas estamos a formar para o futuro.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:14

Capital já a seguir

por franciscofonseca, em 13.08.09

No pré-rescaldo da crise, as empresas necessitam de novos critérios no cenário agora alterado das suas fontes de capital e investimento.

 

Nas economias emergentes são visíveis novas formas de capital, não só no que respeita a novos mercados de capitais como também através de novos  e promissores jogadores da economia mundial.

 

Por outro lado, a Ásia e o Médio Oriente, economias conhecidas pelos seus elevados níveis de poupança e com os petrodólares e com as receitas astronómicas que recebem devido às suas exportações, são agora exemplo de um novo paraíso de investidores.


Fazer um mapa das novas fontes de investimento, construir relações apropriadas com estes novos investidores, perceber as diferenças existentes nas regras contabilísticas e adaptar os modelos financeiros são passos necessários para que as empresas consigam aceder às oportunidades de curto e longo prazo que este capital vai disponibilizar.

 

É urgente mudar de hábitos, comportamentos, métodos, estratégias, avaliações, e romper com a velha estrutura mental para os negócios.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 22:56

O lado cinzento

por franciscofonseca, em 11.08.09

 

Há um exagero de desânimo e de crítica na nossa vivência actual que é destruidor e nos leva a ruína mental. Não traz nenhum benefício e tem muitos prejuízos para a evolução da nossa sociedade em todos os quadrantes.

 

Este excesso de atenção aos problemas de curto prazo; pois ninguém tem paciência para pensar nos problemas de médio e longo prazo, faz-nos esquecer os problemas de fundo, que até se acabam por se ir resolvendo, mas com custos e tempo muito elevados.

A minha dúvida é se os políticos, os governos, as autoridades, as reflexões dos brilhantes comentadores, e as elites ajudam a resolver ou complicam a resolução. E até agora tem sido ao contrário, na minha modesta opinião.

O que me assusta e preocupa mais é a sensação clara de que quem está a discutir os assuntos fundamentais da economia portuguesa, não faça a mínima ideia de quais são as questões fundamentais.

Como é que queremos Portugal daqui a 10 anos? A resposta simples é: ninguém faz ideia. Mas acho que é fundamental que alguém diga isto para que as elites comecem a perceber onde está o problema.

Será que ainda há portugueses com géneses do tempo dos descobrimentos? Portugal precisa urgentemente de gente com fibra, engenho e orgulho nacional.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 21:28

Tempo de reflexão

por franciscofonseca, em 03.08.09

Aqui deixo as minhas desculpas a todos os leitores deste Blog, por esta ausência.

Neste tempo de parvoeira anual, o nosso mês de Agosto poderia ser encarado como um mês de reflexão, para o futuro que se avizinha.

Parar para reflectir é considerado como sendo uma enorme chatice! Reflectir não é divertido, e nas férias as pessoas divertem-se. Mas parar para reflectir pode também ser divertido, pode trazer novos caminhos e pode, acima de tudo, dar um novo sentido à nossa existência.

 

Para ter sucesso é necessário reflectir. Reflectir leva à exigência. Exigência requer inteligência. Inteligência implica humildade acima de tudo. Por isso se queremos ter um país com sucesso, temos que exigir dirigentes inteligentes e humildes. É difícil casar estas duas virtudes!

 

Os mais novos, como eu, que ainda me dou ao trabalho de utilizar os neurónios para questionar a política e o país em que vivo, conseguem ainda mais facilmente distinguir o olhar daqueles que acreditam, do sorriso daqueles que apenas querem convencer.


Estamos na contagem decrescente para o início de mais uma fadada campanha eleitoral que, se olharmos para a última, se antecipa como a continuação da parvoeira de Verão, seria bom, de facto, aproveitarmos todos o Agosto para reflectir.

 

Por isso, esperemos que os banhos de Verão refresquem as ideias e iluminem os pensamentos de todos os que acreditam.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 16:25


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