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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
As redes sociais tornaram-se omnipresentes, a revolução digital chegou para ficar, os mercados emergentes entraram na economia global, milhões de pessoas com as suas vozes reinventaram mercados e derrubaram governos. As tecnologias sociais transformaram-se em repositórios de informação, de afetos e de partilha.
Os utilizadores começam a mudar-se para redes de nicho, privilegiando o regresso ao sentimento de comunidade e também a uma maior compreensão nas interações sociais. As empresas têm também que perceber que as redes sociais já não são sítios que ligam somente indivíduos mas, e de forma crescente, locais para interagir com os seus clientes, nos seus serviços e nos processos de desenvolvimento de produtos ou vendas.
O Facebook conta já com mais de mil milhões de utilizadores, sendo até a data a rede social com maior sucesso. Mas, a empresa de Mark Zuckerberg terá de se reinventar rapidamente, tal como aconteceu com outros líderes em tecnologia como a Apple, a Google ou a Yahoo, os seus dias de glória podem estar mais perto do fim do que se julga.
Por outro lado, à medida que aumenta a ligação entre as coisas e as pessoas, criam-se volumes astronómicos de dados úteis, mas que muitas empresas não sabem, nem conseguem extrair valor desses dados. Nos dias de hoje, muitas cidades por esse mundo fora utilizam estes dados para controlar o tráfego, os locais de estacionamento ou os consumos de energia pública. O futuro cada vez mais se torna presente, neste mundo global em que quase tudo é social, mas não significa que todos sejam socialmente espertos.
Portugal está a braços com potenciais problemas de insolvência, de elevada probabilidade de se verificarem num curto espaço de tempo.
A visita do Presidente, Hu Jintao a Portugal, segundo os principais analistas, foi um sucesso e pode recolocar o nosso país perante os mercados financeiros, ou seja, o facto de a China ameaçar comprar a nossa dívida pública, pode resfriar a ganância dos abutres económicos.
Vivemos na era da globalização, em que as fronteiras políticas, culturais, económicas e sociais se diluíram, mas custa-me ver o meu país vergar-se, ajoelhara-se, subjugar-se, bem sei, perante a segunda maior economia mundial. Reconheço que os acordos, agora assinados, podem resultar numa lufada de esperança no curto prazo, mas no médio e longo prazo, nada mais representam que a completa ruína do nosso mercado interno.
O nosso país continua a preferir às soluções do curto prazo, isto é, empurrar os problemas estruturais com a barriga para a frente, sem que sejam resolvidos. Ninguém fala em reformular o sistema político e eleitoral, o sistema de ensino, o sistema judicial, o sistema administrativo público e o sistema financeiro.
Nos últimos 30 anos, muitas mudanças aconteceram, do isolamento, passamos para a CEE, depois surge a globalização e, internamente nada mudou, chegou a hora de reinventar novos modelos de reestruturar a nossa sociedade. Quanto mais adiarmos estas inevitáveis reformas mais caminha-mos para um modelo de Estado falhado.
Francisco Fonseca
O mundo em que vivemos está cheio de ambiguidades, transformações muito rápidas a todos os níveis, tecnológico, político, social e cultural.
As pressões que se exercem sobre a vivência das pessoas, torna a vida das mesmas mais complicada e difícil do que antigamente.
Vivemos apressadamente e sob o desígnio da competição doentia, gerando desequilíbrios emocionais graves, que afectam as pessoas de forma irreversível.
Assistimos cada vez mais a pessoas assoladas por perturbações, como são exemplo a ansiedade, pânico, instabilidade, irritabilidade e transtornos psíquicos e comportamentais que acabam por levar à depressão.
As pessoas sofrem muito com o negativismo, preocupações existenciais, imagem pessoal, estética e a sua carreira.
É necessário uma reflexão profunda sobre o caminho que estamos a seguir e que tipos de pessoas estamos a formar para o futuro.
Francisco Fonseca
No pré-rescaldo da crise, as empresas necessitam de novos critérios no cenário agora alterado das suas fontes de capital e investimento.
Nas economias emergentes são visíveis novas formas de capital, não só no que respeita a novos mercados de capitais como também através de novos e promissores jogadores da economia mundial.
Por outro lado, a Ásia e o Médio Oriente, economias conhecidas pelos seus elevados níveis de poupança e com os petrodólares e com as receitas astronómicas que recebem devido às suas exportações, são agora exemplo de um novo paraíso de investidores.
Fazer um mapa das novas fontes de investimento, construir relações apropriadas com estes novos investidores, perceber as diferenças existentes nas regras contabilísticas e adaptar os modelos financeiros são passos necessários para que as empresas consigam aceder às oportunidades de curto e longo prazo que este capital vai disponibilizar.
É urgente mudar de hábitos, comportamentos, métodos, estratégias, avaliações, e romper com a velha estrutura mental para os negócios.
Francisco Fonseca
Muito se fala e escreve sobre as relações entre superiores hierárquicos e subordinados, mas existência de confiança entre os membros de uma organização é o pilar fundamental para o seu êxito.
Uma atmosfera de confiança fomenta a cooperação e a participação, e consequentemente, a satisfação dos colaboradores é potencialmente maior, bem como é maior o compromisso com a organização e o rendimento individual e colectivo.
Existem comportamentos determinantes que podem gerar confiança por parte dos superiores hierárquicos. Considero que entre muitos, os principais passam pela, consistência no comportamento, ou seja, comportamento coerente ao longo do tempo, e em circunstâncias diferentes.
A integridade é outro factor fundamental, principalmente nas praticas, valores, palavras e acções do superior hierárquico.
A comunicação para com os subordinados é extremamente importante, pois a compartilha da informação, o ser oportuna e suficientemente detalhada e que explique as decisões tomadas, constitui um dos factores principais para a confiança.
Delegação é um factor fundamental para gerar confiança, quando não se delega é porque não existe confiança nos subordinados.
A consideração, quer dizer maior respeito pelos subordinados. Esta consideração revela-se no dia-a-dia, pela demonstração de sensibilidade pelas necessidades dos colaboradores, ou seja, o bem-estar do colaborador.
A confiança não se ganha com astúcia, pelo que se carrega nos ombros, mas com exemplaridade.
Francisco Fonseca
Nos últimos tempos, a imprensa nacional repetiu para quem quis ouvir: os portugueses são pobres, mas felizes. Esta conclusão surgiu de um estudo realizado por investigadores do ISCTE.
Assim este estudo conclui que Portugal é um país socialmente frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente mas, estranhamente, com elevados níveis de satisfação e felicidade.
Por outro lado, este estudo refere que no nosso país vive-se um clima de desconfiança nos outros e nas instituições.
Isto é um sinal perigoso para a construção do futuro, pois quando não se confia nos outros dificilmente se constituem laços comuns de conforto ou de solidariedade.
Este facto é chocante, do ponto de vista das possibilidades de acção colectiva e de todos os desafios que Portugal terá que enfrentar no curto e longo prazo.
Para explicar esta felicidade e satisfação os portugueses recorrem muitas vezes a comparações temporais - “eu já vivi pior”, por outro, fazem comparações sociais - “ eu vivo mal, mas há quem viva pior”.
Temos em Portugal muitas populações com níveis de aspirações ainda francamente baixos, isto é, com expectativas que ainda não atingiram um nível suficiente para as pessoas sentirem outro tipo de necessidades, para serem mais exigentes com a sua qualidade de vida.
Se perguntarmos o que poderia melhorar a qualidade de vida dos portugueses as respostas são: mais dinheiro, mais saúde e encontrar emprego.
Trata-se de necessidades ainda muito primárias, tradicionais, muito dominadas pelos traços da privação e da precariedade nos rendimentos e da incerteza face ao futuro.
Mas sem dúvida alguma, quem faz um país é o seu povo. Seja para a o bem, seja para o mal.
Francisco Fonseca
O Estado Português está preocupado com a diminuição dos lucros da banca que nos últimos anos têm crescido, em média, mais de 30% ao ano. O ministro das finanças disse que a banca é um sector fundamental na economia. Nos últimos anos os lucros têm sido notáveis e mesmo com a crise continuam a ter lucro, mas muito abaixo dos anos anteriores e do que seria expectável para os accionistas, por isso os bancos precisam de ajuda do Governo.
Os bancos espanhóis reduziram os lucros, no primeiro trimestre deste ano, em 21,5%, para os quatro mil milhões de euros, face aos 5,2 mil milhões um ano antes, de acordo com os dados revelados pela Asociación Española de Banca. Foi uma medida estratégica para combater o crédito mal parado.
Em Portugal aumentam-se as margens dos lucros, pois necessitamos de uma banca forte, mesmo que 60% dos lares portugueses sejam obrigados a viver com 900€ por mês, ou seja, 60% dos portugueses a tender para a pobreza extrema.
A banca à moda portuguesa, apenas nos três primeiros meses deste ano os cinco maiores bancos que operam em Portugal (CGD, BES, BCP, BPI e Santander Totta) obtiveram 533 milhões de euros de lucro. Estes milhões de lucros foram conseguidos, em grande parte, à custa do aumento do preço dos serviços bancários e das elevadas margens impostas no crédito à habitação. A crise, portanto, não é para todos: a pobreza crescente da população trabalhadora é o reverso da acumulação de capital. Hoje mesmo, podemos confirmar na imprensa que os Bancos triplicaram as suas margens de lucro com os sucessivos aumentos dos spreads, de forma a compensar as sucessivas baixas das taxas de juro indexadas à euribor.
Assim vai este belo país plantado a beira-mar. Haja coragem e patriotismo para se continuar a viver aqui!
Francisco Fonseca
Portugal em matéria de visão estratégica, está sempre a voltar à casa da partida, a maior parte dos empresários sofrem de miopia, já que não querem fazer investimentos com períodos de retoma superiores a dois anos. Vive-se no curto prazo. As vistas são cada vez mais curtas em matéria de investimento e inovação.
O País necessita urgentemente de fazer escolhas e definir equilíbrios, sem estar sempre a colocar tudo em causa. É preciso consolidar projectos, mas Portugal está sempre a voltar à casa de partida. Agora vamos passar mais dez anos a estudar os comboios, os aeroportos, as auto-estradas, por exemplo.
Este País tem de mudar de cultura, ou seja, falar menos e agir mais, que combata a noção instalada de que se os outros sectores não fizerem, nós também não fazemos. Um país é construído pelos seus cidadãos, por isso todos temos responsabilidades de estarmos nesta situação.
No futuro teremos de conseguir conjugar a sensibilidade social e as prioridades políticas definidas pelos governos. Este será o desafio maior do século XXI.
Vamos acreditar que assim vai acontecer!
Francisco Fonseca
A liderança não é uma questão de personalidade, mas na minha opinião uma questão de atitudes e comportamentos.
Constato que é muito difícil transmitir aquilo que vemos e sentimos. Temos de ter cuidado para a comunicação não fazer estragos. Outra dificuldade é fazer com que a mensagem que se pretendia fazer passar, venha a ser assimilada.
Depois, existe uma clara divisão entre os que mesmo às cegas procuram soluções e os restantes, que se escondem atrás da reserva ou de uma pretensa discrição. Outros ainda preferem desde logo dizer, isto não é possível, terminando por aqui a seu contributo.
Outros hesitantes dizem, acho que…a solução é… mas não se chega a perceber nada. Quando a discussão aquece mais um pouco, uns gritam para terem razão. Os que procuram mesmo às cegas as soluções dizem, vamos fazer assim…, mas logo os críticos atacam, não dá! Assim não dá! Não consegues… muitas cabeças abanam e de facto o que está a dar é ser do contra.
Assim, jamais conseguiremos encontrar as melhores soluções, só um trabalho de equipa produzirá as melhores práticas e contribuirá para resolução dos problemas.
Todos falamos muito da necessidade de mudança, mas praticamo-la pouco. A mudança, de que tanto se fala no mundo e que é precisa, tem de facto a ver com atitudes e comportamentos.
Francisco Fonseca
No entanto, na sociedade em que vivemos é necessário mantê-la sempre sob controlo a níveis aceitáveis, pois caso contrário o seu controlo torna-se quase impossível, tendo de ser empregues meios fortemente reactivos por parte das forças de segurança pública.
São crimes contra a vida, contra a honra e contra a integridade física dos cidadãos, roubos ou a simples destruição de bens e haveres, praticados cada vez mais de forma violenta, que fazem aumentar a criminalidade e que causam o sentimento de insegurança generalizado na sociedade portuguesa.
Por outro lado, estamos a assistir em quase todos os países da Europa a uma mudança da relação entre cidadãos e governos, que passa do bem estar social para a segurança, isto devido a dois factores principais, primeiro ao neoliberalismo e ao surgimento de uma nova indústria, a indústria da segurança.
Mais, as relações entre cidadãos nos dias de hoje, também se estão a alterar, ou seja, as solidariedades básicas de cidadania, a hospitalidade, a entreajuda vão sendo substituídas pela suspeita, pelo egoísmo, xenofobia, preferência pelo familiar e privado, como são exemplos os cada vez mais condomínios fechados.
A solução para este mal social, podia passar por termos uma polícia, no exercício estrito da sua finalidade, dinâmica e ágil na sua actuação, tecnicamente versátil, ponderada, com poder de antecipação á pratica de qualquer ilícito criminal, de modo a melhorar efectivamente o nível de segurança dos cidadãos, repondo e mantendo, com pronta eficácia, a ordem e tranquilidade públicas.
Mas, desenganem-se todos os defensores desta teoria, pois esta não é a única receita para este perigo público, pode atenuar alguns efeitos, mas não controla a doença. Penso que a solução passará por uma consciencialização definitiva dos tempos em que vivemos, estabelecer fortes compromissos sinergéticos, entre governos, cidadãos, instituições deste país.
Francisco Fonseca
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