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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
O mundo na última década sofreu grandes transformações e a uma velocidade que aumentará exponencialmente no futuro próximo. Identificar os riscos futuros, de forma a poder antecipá-los é cada vez mais difícil. O problema é que cada vez mais agimos de forma reativa depois dos problemas eclodirem. A grande instabilidade macroeconómica por que passamos é disso um bom exemplo, a par dos eventos climáticos extremos, a fome, os Estados falhados e os conflitos armados.
No curto e médio prazo continuaremos a assistir ao aumento das desigualdades, na distribuição da riqueza e das dívidas públicas insustentáveis, principalmente devido as políticas erróneas do passado e do presente, implementadas a nível nacional e internacional. O risco da disseminação do fracasso financeiro sistémico, em conjunto com os desequilíbrios fiscais crónicos poderá desencadear um stress, no sistema económico global.
Os episódios climáticos extremos serão cada vez mais frequentes, as emissões de gases com efeitos de estufa continuam a aumentar. O sistema ambiental está sob um stress crescente, onde o fornecimento de água potável, a par da escassez alimentar, do aumento das temperaturas globais, a que se junta a crise económica para que aconteça a tempestade perfeita, com consequências insuperáveis.
Apesar dos gigantescos progressos na área da saúde, a humanidade sempre esteve sob ameaça de doenças infeciosas, pandemias, mutação de vírus altamente mortíferos, que estão sempre à frente da investigação científica. A crescente resistência aos antibióticos poderá levar ao desastre em termos de doenças bacteriológicas.
A era digital representa também, um risco para a humanidade, que poderá passar por uma desinformação massiva com riscos tecnológicos e geopolíticos que podem passar pelo terrorismo, disseminação de armas de destruição massiva, ciberataques, até à desgovernação global. A internet coloca online um terço da população mundial e um conteúdo ofensivo ou mal interpretado poderá despoletar crises impensáveis. A humanidade evoluirá de forma radicalmente incerta e dentro de uma complexidade crescente.
As profissões causadoras de maior stress O perigo e os riscos são ingredientes comuns às profissões que integram o Top 5 das mais stressantes: soldado em combate, bombeiro, piloto de aviação comercial, general das forças militares e polícias. Nos dias de hoje, quem não conhece o stress, ao vivo e a cores. No mundo real, e no mundo do trabalho, em particular, é impensável não experienciar níveis de stress, ou seja, pressão sentida em resposta a situações de risco, em maior em menor grau.
Apesar de a nossa resposta ao stress ser um fator inerente às nossas características biológicas, e ter constituído, outrora, um fator chave para a sobrevivência dos nossos antepassados, hoje raramente temos de nos preocupar em ser comidos vivos literalmente no ambiente de trabalho, mas temos de nos precaver, pois podemos ser engolidos vivos pelos nossos pares.
Os fatores potenciadores do stress passam pelo ambiente de trabalho, pela competitividade no emprego, pelo potencial de crescimento e os desafios encontrados. Mas também as deadlines, o contacto com o público, a exposição a audiências, as exigências físicas da profissão e até o risco de morte para o próprio e para terceiros potenciam o stress. O nível de incerteza no local de trabalho aumenta exponencialmente o nível de stress das pessoas, e os tempos não são de outra coisa, senão de incerteza.
Os polícias acusam a rotina profissional em permanente apreensão, face à missão de garantir a segurança pública. Os perigos que enfrentam diariamente, a rotina de luta contra o tempo e a pressão na tomada de decisões rápidas no combate ao crime urbano fazem desta profissão uma das mais stressantes, mas que em Portugal continua a ser vista e tratada, como uma profissão sem qualquer desgaste adicional. Quando se navega em águas calmas todos pensam em laser, chegada a turbulência todos procuram segurança. Esta pode chegar em breve.
Hoje, o ministro das finanças português apresentou as linhas mestras, do orçamento de Estado para 2012. Mas não vou falar disso, pois seria uma grande maçada, para todos os leitores deste blog. Falar constantemente da crise em que estamos mergulhados, pode não ser profícuo. Vou antes, dar a conhecer alguns desportos para quem está cansado de correr, aborrecido de ir ai ginásio e fundamentalmente farto de ouvir políticos.
O primeiro é as chapas na lama, que consiste em saltar para uma piscina de lama suficientemente castanha e mal cheirosa, diante de uma multidão ao rubro. Vence aquele que fizer a maior chapa. Um bom desporto para baixar o stress em geral e aflorar as ideias aos políticos.
Outro é o boxe xadrez, para todos os que gostam de jogar xadrez e boxe. Este desporto híbrido envolve 11 assaltos alternados de xadrez e boxe. Ganha quem derrubar o adversário ou fazer um xeque-mate. Um bom desporto para cuidar do intelecto e do físico ao mesmo tempo. Ideal para quem tem elevados níveis de stress e para aqueles políticos que têm dificuldades de concentração.
Comer urtigas, que mais parece uma dieta, mas é um desporto onde os participantes levam a competição muito a sério. Os concorrentes têm uma hora para mastigar o maior número possível de urtigas, vence aquele que comer mais. Excelente desporto para purgar a mente de asneiras, principalmente dos homens da política.
Por último, o polvóquei que é uma forma de hóquei subaquático, no qual duas equipas competem para manobrarem um disco no fundo de uma piscina, para dentro de duas balizas. Também se pode pôr os óculos e o respirador de mergulho e experimentar o râguebi ou o brutebol subaquático. Um extraordinário desporto para aqueles que falam muito alto e ideal para os políticos treinarem os seus discursos.
No mundo actual, mais de metade da população mundial vive nas cidades. Estas pessoas dispõem de uma vasta oferta cultural, tecnológica e energética. Os ritmos do quotidiano são muito acelerados, devido às exigências profissionais e familiares. Hoje, sabe-se que muitos distúrbios mentais provêm do estilo de vida urbano. Os cidadãos tendem a ter níveis mais elevados de stress, de alterações de humor e de doenças psicóticas e cardiovasculares, comparativamente aos que vivem em zonas rurais.
Os citadinos para além do stress estão mais expostos a sentimentos de ansiedade, de medo, em resultado das ameaças, que advêm da maior incerteza da vida, nas grandes metrópoles. Veja-se o caso norte-americano, onde existem 125 milhões de pessoas, cerca de 45% da população com doenças crónicas depressivas, que consomem 80% dos 1.9 triliões de dólares gastos nos sistemas público e privados de saúde, dos Estados Unidos, que já corresponde a 20% do PIB.
O mito de que quanto maior for a exposição das pessoas ao stress, maior é a adaptabilidade, mais tolerantes e imunes ficam, é completamente erróneo.
Manter o equilíbrio no que respeita ao stress é uma tarefa cada vez mais difícil nos tempos que correm. Os citadinos são hoje confrontados com períodos de trabalho mais alargados, mais intensos e têm mesmo que saber desligar. O que é fácil de dizer, mas nem sempre fácil de fazer.
O resultado desta equação é fácil de obter, na conjuntura actual. Maior incerteza, leva ao aumento do stress, maior stress leva ao aumento das doenças crónicas e da improdutividade, maior improdutividade leva à diminuição da riqueza do país e maior número de doenças crónicas, contribuem para o aumento da despesa do Estado. Senhores governantes, um dos grandes segredos para uma boa governação é não aumentar as incertezas das populações, se possível diminuí-las.
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