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Hospitais sírios convertem-se em centros de tortura

por franciscofonseca, em 07.03.12

Em pleno século XXI muito se fala em Direitos Humanos, mas a comunidade internacional permite que os hospitais sírios se transformaram em centros de tortura, para os feridos nos protestos contra o regime do presidente Bashar al Assad. Os feridos que participaram nos protestos não são tratados, mas sim torturados. As ambulâncias são orientadas para levar os feridos para os centros de detenção, em vez de os transportar para os hospitais.

As práticas de maus-tratos, tortura psicológica, suspensão do corpo pelos pés e confinamento são comuns nas últimas quatro décadas na Síria, situação que se agravou a níveis assombrosos nos últimos meses. Quando a tortura é feita de forma sistemática constitui um crime contra a humanidade.

Um funcionário hospitalar grava secretamente imagens chocantes de torturas a doentes internados no hospital militar da cidade de Homs. As imagens mostram os feridos acorrentados às camas, com os olhos vendados e sendo torturados com choques elétricos e bastonadas, pelos médicos e pessoal hospitalar.

O cenário é escabroso, os “tratamentos” de tortura passam por torcer os pés até partirem as pernas aos detidos, são operados sem anestesia, são amarrados as camas e negam-lhes água, entre outras coisas horríveis. Os amputados acabam por gangrenar, porque os médicos não prescrevem antibióticos.

Eu compreendo perfeitamente que a Síria não seja um país geoestratégico, para os signatários da OTAN, nem que nenhum país tenha interesses como aconteceu no caso da Líbia. Na Líbia os Estados Unidos têm interesses geoestratégicos e económicos, a França e a Inglaterra possuem interesses económicos, mais que geoestratégicos. Por isso antevejo que na Síria, o regime de Damasco continue a infligir tortura e terror a todos os opositores e manifestantes contra o regime, sem qualquer intervenção mais musculada de qualquer organismo internacional.

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publicado às 20:34

Passaram 10 anos desde que os primeiros prisioneiros chegaram à prisão de Guantánamo, base naval dos Estados Unidos, em Cuba. As idades dos prisioneiros situavam-se entre os 12 e os 89 anos. Muitos só foram parar à prisão porque foram encontrados no lugar errado e no momento errado. Guantánamo foi construído com base na injustiça e mentiras, onde foram e continuam a ser cometidas as maiores atrocidades.

Na realidade, muitos dos quase 800 presos enviados para Guantánamo eram inocentes, apenas fugiam do caos e da violência causada pela guerra quando as forças americanas entraram no Afeganistão. Uma vez em Guantánamo, a maioria dos prisioneiros foram sujeitos à tortura: solitária sem luz, privação do sono, alimentação forçada, agressões físicas.

Este pesadelo continua hoje, para cerca de 90 prisioneiros, apesar das promessas do Presidente Obama, em fechar Guantánamo e acabar com as políticas ilegais da administração Bush. Esta realidade, nos dias de hoje é um símbolo global das violações dos direitos humanos, que demonstra o respeito decadente dos Estados Unidos, para com os direitos humanos, as regras e a lei.

Este é um aniversário que não deveria ter existido, pois dez anos de prisões ilegais são muitos anos. Nos três anos da era Obama muitos homens morreram sem nunca terem conhecido um tribunal.

O que começou com muita opacidade e calamidade transformou-se num sinal claro, de que os Estados Unidos não querem seriamente, como apregoam, conduzir o mundo em liberdade e justiça. Chegou a hora de fechar definitivamente Guantánamo.

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publicado às 23:15


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