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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Os empreendedores transformam o modo como trabalhamos e vivemos. As empresas como o Facebook, Twitter e Google representam o que é chamado de empreendedorismo de alto impacto. Os empreendedores de alto impacto são pessoas que criam e desenvolvem organizações que têm uma influência acima da média na criação de empregos, riqueza e desenvolvimento de uma sociedade.
São estas pessoas que pensam e montam as empresas de alto impacto, que crescem 20% ao ano no que diz respeito à oferta de empregos, aumentando, dessa forma, o padrão de vida geral em um país. Portanto, a pergunta-chave para aqueles que são responsáveis pelas políticas públicas é: como criar mais empreendedores de alto impacto.
Diversos fatores influenciam a taxa de empreendedorismo em um país, incluindo educação, cultura, governo e infraestrutura, para citar alguns. Os empreendedores de alto impacto têm maior tendência a possuir formação de nível superior e pós-graduação quando comparados a empreendedores de empresas de crescimento mais lento.
Portugal não tem empreendedores de alto impacto na política, tem sim políticos de baixo impacto. Vivemos tempos de oportunidades fantásticas para romper com velhos preconceitos e dogmas, por forma a projetarmos um país pujante, apostado em investir na educação de alto rendimento e qualidade. Só desta forma nascem os empreendedores de alto impacto, capazes de mudar o rumo de um país, tronando-o próspero, desenvolvido e evoluído, e onde os seus jovens estudem, se fixem, trabalhem e sintam orgulho da nação.
Os líderes europeus acreditam piamente nas medidas de austeridade, como sendo a única solução para sair da crise financeira mundial que surgiu em 2008, nos Estados Unidos, principalmente, devido ao descontrolo do mercado de capitais, flexibilização do mercado de trabalho, liberalização das finanças e dos mercados.
Na minha opinião, a Europa escolheu o caminho errado, pois está a implementar as medidas que são responsáveis pela disseminação da crise, nomeadamente, na Grécia, Irlanda e Portugal, mas outros países se perfilam.
Os senhores que conduzem os destinos da Europa ignoram, o descontentamento entre os jovens, que se tem manifestado em diversos países contra estas políticas. Até ao momento, não tem havido violência, mas estes movimentos partilham um sentimento de saturação, que podem vir a resultar em graves convulsões sociais.
No dia que os 100 milhões de jovens europeus, sem perspectivas de futuro deixarem de protestar no Facebook e no Twitter e saírem para as ruas, estará em marcha uma revolução, para procurar um novo modelo de democracia através de meios pacificos.
Os eurocépticos consideram que o projecto europeu falhou. As medidas de austeridade agravam a tragédia anunciada, agudizam-se as desigualdades sociais, aumentam os impostos, perdem-se apoios sociais, aumenta o desemprego, as famílias deixam de ter rendimentos para suportar o endividamento e o sentimento de penosidade em relação ao futuro é generalizado.
Os jovens habituados à globalização, nascidos na era digital percebem a necessidade de lutar, por novas formas, de regulação dos mercados, das taxas de transacções financeiras, da distribuição mais equitativa da riqueza produzida, diminuição da pobreza, acabar com a exploração, com os poderes instalados, mas tudo isto, aterroriza os manipuladores e especuladores da economia mundial, que controlam todo o sistema e fluxo de capitais.
As redes sociais vieram para ficar, neste mundo tendencialmente globalizante. Constituem um meio fantástico de contacto com outras pessoas na internet. Os sites das redes sociais funcionam como grandes agregadores de perfis, ou seja, uma colecção de informações, que passam pelos interesses, hobbies, escolaridade, profissão, idade, nacionalidade, entre muitas outras, dos seus utilizadores.
Muitos colocam fotos nos seus perfis, vendo depois as suas imagens serem utilizadas em situações degradantes e humilhantes, tendo plena consciência que o seu direito à imagem foi violado. Muitos outros começam a perder o controlo, sobre informações que colocam online, sejam relacionadas com os seus dados pessoais, comentários sobre o seu trabalho, ou ainda relacionados com a sua empresa. Estas informações ficam totalmente desprotegidas, podendo mesmo ser utilizadas, por exemplo na espionagem empresarial, cada vez mais em voga.
Redes como o Facebook, Orkut, Twitter, entre outras, constituem uma vastíssima fonte de informação, para pesquisa, por parte dos seus utilizadores, mas também dos serviços de informações secretas, dos grupos terroristas e dos grupos que se dedicam à criminalidade altamente organizada transnacional, nomeadamente para fazer passar mensagens codificadas.
Veja-se, ainda muito recentemente, o impacto que teve o caso do wikileaks e o seu fundador Julian Assange, a quando da divulgação de informações altamente comprometedoras, para a diplomacia norte americana em todo o Mundo. Esta crescente comunidade virtual vai ser responsável, por uma mudança de paradigma da sociedade. Este acontecimento foi positivo ao nível da informação dos cidadãos, mas vai arrastar consigo, perigos no controlo da disseminação de informações, políticas, no sentido de evitar estas fugas. Os estados unidos acabam de anunciar, que se for necessário bloqueiam o acesso à internet, ficando somente a funcionar numa rede doméstica. Este exemplo é bem elucidativo, da forma como as sociedades podem evoluir, isto é, podemos estar a caminhar para sociedades sem direitos humanos, cinzentas, opacas e onde o interesse individual se sobrepõe ao interesse colectivo.
Francisco Fonseca
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