Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Mudar de páginas

por franciscofonseca, em 31.08.14

A todos os leitores deste blog as minhas desculpas por esta ausência, mas tenho andado com os neurónios adormecidos. O post de hoje é dedicado ao mudar de página. Os nossos insucessos e os obstáculos que experimentamos nas nossas vidas, para a grande maioria das pessoas são problemas terríveis, mas devemos encara-los como novas oportunidades.

Não era espectável que nos dias de hoje vivêssemos numa sociedade com tantos problemas e desequilíbrios, que geram tanta incerteza e induzem um sentimento negativo na vivência da esmagadora maioria das pessoas. Os portugueses têm sido de um estoicismo fantástico. Chegou a hora de mudar as páginas e preparar o futuro transformando o negativo em positivo.

Somos um povo com qualidades inigualáveis demostradas dentro e além-fronteiras. A empatia é sem dúvida uma delas, sendo crucial para o sucesso pessoal e global, como também o são o saber fracassar, o valor da vulnerabilidade, a ambição e a cultura organizacional onde nos inserimos.

Depois desta grande tragédia financeira e social que estamos a experimentar, temos de nos recompor e renascer com uma força adicional. A este comportamento chama-se resiliência, sendo a resposta ideal a qualquer tipo de adversidade. É assim que temos de responder a opção dos governos pela hegemonia da economia sobre as pessoas e ao crescimento económico sem limites à custa da dignidade humana. A economia tem pois que estar ao serviço das pessoas e não estas ao seu serviço. Este tem de ser o novo paradigma da renovada sociedade.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:23

A nossa saúde refém do capitalismo

por franciscofonseca, em 09.09.13

Muito já se escreveu sobre a forma como a grandes empresas farmacêuticas gastam milhões de euros por ano, em avenças a médicos para promoverem os seus medicamentos. Os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada.

A lógica que está por detrás disto é que medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que se assemelha aos negócios dos grupos mafiosos.

Penso que a investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas. A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais, mas nós estamos a falar sobre a nossa saúde, as nossas vidas, as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.

O grave problema é que as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação. A dependência é o objetivo.

Mas por que razão as instituições governamentais não conseguem intervir nesta situação. A verdade é que no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos. Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as suas campanhas. Custa a acreditar que a nossa saúde seja tratada desta forma, mas é nesta dura e crua realidade em que vivemos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:57

O maior défice de Portugal não é a dívida que todos temos às nossas costas, mas sim a falta de liderança. Vemos todos os dias os nossos políticos no jogo do ping pong das responsabilidades, pelo estado a que o país chegou. Os portugueses já não têm paciência nem qualquer interesse nesse jogo, acabando por dar mais atenção aos apanha-bolas, que agora viraram uma praga em todos os canais televisivos. Quando uma nação não tem liderança, como acontece a muitos anos em Portugal, os governos não têm ideias, não têm seguidores, não têm estratégia, não têm um rumo, não têm uma cultura de inovação e de mudança.

Os governos existem porque há pessoas, as políticas pressupõem pessoas, que devem ser o foco dos governantes, mesmo acima dos números. Os verdadeiros líderes têm que ser capazes de escutar, entender e envolver os cidadãos. Para tanto, precisam de se conhecer e conhecer muito bem a realidade interna e externa em que navegam.

Nestas condições, ao contrário do que os nossos governantes e políticos fazem, é possível vislumbrar oportunidades no meio das crises, vantagens em situações hostis como a que vivenciamos e criar uma cultura nacional que impacte o desempenho e a produtividade, que priorize o agir em vez do discurso de retórica, do qual estamos todos cansadíssimos. O poder da palavra é diferente da palavra do poder.

Hoje liderar um país, ainda mais nesta envolvente de incertezas, implica correr riscos, ousar, fracassar, propor e fazer mudanças. A maioria dos portugueses não é resistente à mudança. Eles resistem à dor da mudança e ao medo do novo, porque a comunicação e explicação das políticas é confusa, para que ninguém perceba o seu objetivo. É necessário pessoas nos lugares certos, fazerem uso de uma boa comunicação e alinhadas estrategicamente, para gerarem uma mudança sustentável. Desta forma ganha importância a eficiência operacional que levará à escala nacional.

Uma boa liderança de uma estrutura governativa é aquela que é capaz de causar dor e os cidadãos agradecerem. Um bom líder deve conseguir ver as vantagens em situações hostis, torná-las desafios e envolver toda a sociedade. Portugal precisa de alguém que corra riscos, que não tenha medo de fracassar, que explore o novo e promova mudanças profundas, sem interferência dos apanha-bolas. Que jogue sempre para ganhar, ao estilo do Mourinho, que crie vínculos com os cidadãos, que inspire gerações e se torne o porto seguro delas. Necessitamos de um líder que compreenda o contexto de atuação e as principais tendências sociais, económicas, políticas, técnicas, ambientais e demográficas, pois só dessa forma conseguirá definir o foco das suas políticas. Estou farto dos arrogantes que para com os fracos são fortes e perante os fortes têm sido muito fracos. Temos de arrepiar caminho urgentemente.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:52

A Alemanha tem sido a economia mais pujante da Europa, na última década, somando superavits consecutivos, para além de exportar milhões de carros todos os anos, também exportou milhões de euros, para os países da periferia da Europa. Também não existem dúvidas de quem manda nas principais instituições europeias é a Alemanha, ou seja, quem tem dinheiro dita as regras, sempre foi assim na história dos povos. E, quando assim acontece, normalmente, a tentação germânica para a expansão em busca do mar é inevitável.

Os países que estão em crise financeira, Grécia, Portugal, Irlanda, Itália, Espanha, por acaso são os que têm as maiores extensões de mar agregadas ao seu território em termos europeus. Bem, apenas um dado curioso, mas que em termos geoestratégicos se revela da maior importância. Na minha opinião, a dívida grega está a ser usada como um instrumento, uma ferramenta, para impor uma política de chantagem perante os países em dificuldades económicas.

O objetivo da Troika, do BCE, da Comissão Europeia, do FMI não é proporcionar o crescimento económico na Grécia, nem nos outros países, bem pelo contrário, perfeitamente conscientes desta política de empobrecimento generalizado. Esta perceção global da crise serve os interesses estratégicos, no sentido de reduzir os salários e os níveis de vida das populações, porque querem uma economia de lucros sempre crescentes, que servem os interesses das grandes multinacionais. Aqui reside a verdadeira motivação. Querem ajudar e fortalecer os grandes monopólios financeiros como o Goldman Sachs, o Deutsche Bank, o JP Morgan e todos os grandes bancos privados da Europa e dos EUA.

O meu propósito passa por contribuir para a desconstrução desta perceção global que tomou conta da maior parte da consciência das pessoas e dos países. Imaginem que o dinheiro que está a ser pago aos bancos privados pelos países intervencionados e por todos aqueles que têm dívidas fosse usado para aumentar salários, estimular a economia, criar empresas e subsequentemente diminuir o desemprego, aumentar a procura interna e as exportações. Existem exemplos como a Argentina e o Equador que deixaram de pagar as suas dívidas e não pedem financiamento aos bancos privados e aos mercados. Apesar das dificuldades iniciais e do choque, atualmente estão recuperados e com as suas economias a crescer e com as suas finanças equilibradas. Esta perceção global tem de ser desconstruída pelos países em crise, coordenados e por oposição às intenções expansionistas germânicas.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:59

Os demónios da europa já esfregam os olhos

por franciscofonseca, em 13.03.13

Europa parece que mais uma vez vai imergir no caos. A quando da fundação do projeto de paz europeu a economia não fazia parte, juntou-se depois como forma de unir os países e dificultar a guerra no futuro. A integração das economias foi vista como forma de fortalecer o projeto europeu. Como referiu o ex-líder do Eurogrupo, Juncker “os demónios não desapareceram, estão apenas a dormir, como demonstrou a guerra na Bósnia e no Kosovo”.

Registam-se acontecimentos por toda a Europa, que apenas servem para acordar os demónios. Políticos alemães insultam o povo grego, Merkel é recebida em Atenas, com uniformes nazis, a campanha eleitoral em Itália foi antialemã e antieuropeia e o resultado descredibiliza completamente as instituições europeias. Juntando a isto, a Europa corre sério risco de perder uma geração, que futuramente trará consequências desastrosas para todos os países.

O Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, alemão, disse que se houve 700 mil milhões de euros para salvar os bancos, também tem de haver dinheiro para salvar os jovens dos países em dificuldades. Que palavras sabias, mas onde estão essas políticas e esse dinheiro? Hoje a Alemanha comanda a Europa e impõe cortes orçamentais gigantescos a maioria dos governos, mas é completamente despida de ideias para estimular o crescimento. Daqui até as eleições alemãs em Setembro, a Europa será um marasmo, pois não vai haver tomada de decisões, que mudem a trajetória recessiva em que nos encontramos.

A economia tronou-se dominador comum para qualquer ação politica. Quando a racionalidade económica se sobrepõe a todas as consequências maléficas para os cidadãos, quando a única preocupação dos políticos é servirem os interesses dos mercados financeiros e quando a maioria da população vê as suas expectativas completamente frustradas, é natural que os demónios adormecidos acordem e se revoltem.

As manifestações em diversos países são um sinal de que algo terá de mudar. Se os políticos a eleger são uns “presuntos mal curados”, pois não existe alternativa, e depois de eleitos não passam de uns “paus mandados”, então, teremos de colocar um travão na liberdade dos políticos e dos agiotas económicos, ou seja, mecanismos legais de limitação de poderes, para todos aqueles que possuem poder excessivo. Chegamos aqui, porque durante muitos anos vivemos num pandemónio e descontrolo nas responsabilidades dos políticos, pois por norma, apesar das atrocidades cometidas, passadas as eleições o “regabofe” continua. Se nada disto for feito, acredito sinceramente, que mais uma vez a Europa poderá passar por mais um genocídio, para que se chegue uma nova consciência.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:41

Portugal na rua contra a Al`Troikeada

por franciscofonseca, em 02.03.13

Milhares de portugueses protestam nas ruas contra a Al`Troikeada. Em Portugal existe atualmente quase um milhão de desempregados, segundo dados do Eurostat, que reviu em alta a taxa de desemprego para 17,6%, quando há um ano estava nos 14,7%. Portugal está no pódio, no seio da Europa a 27, pior mesmo só a Espanha com 26,2% e a Grécia com 27% de desempregados.

A grande esmagadora maioria da população portuguesa sente um cenário de um país cada vez mais com maiores riscos sociais, com os sistemas socias a eclodir e os cidadãos e as famílias colocados numa situação de grande tensão. O agravamento da pobreza aumenta para níveis insustentáveis, ainda mais com serviços essenciais a serem suprimidos.

Recentemente o FMI reconheceu o impacto negativo sobre a produção e recomendam aos decisores políticos europeus, para que facilitem as condições financeiras às economias periféricas. Assim, a Al`Troikeada reconhece que somente a austeridade não irá resolver a crise, antes pelo contrário, todos os dados conhecidos apontam para o seu agravamento.

A coesão social está posta em causa, assim como a legitimidade dos governos. Cortar cegamente nos gastos somente com o objetivo de reduzir a dívida em relação ao PIB, resulta em grande parte na perda da receita. Somando o pagamento de juros e os custos sociais, principalmente com o desemprego, o resultado final é que o crescimento é impossível.

É necessário uma reflexão profunda no seio da europa, no sentido se reconhecer que o desenvolvimento não pode só ser visto na vertente económica, e que existe uma dimensão social, dois vetores essenciais para o desenvolvimento sustentado. Prosseguir somente com as medidas de austeridade, não vai resolver a crise em Portugal, bem pelo contrário, irá agravar o risco de implosão social e o futuro de Portugal e de todos os portugueses. É um povo que faz um país, é necessário sair da zona de conforto, e participar numa nova cidadania. “Já não podem nascer coisas boas, tão corrompidas estão as sementes.” (Tertuliano)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:27

O poder, os lobbies e a governação

por franciscofonseca, em 16.02.13

O mundo sofre transformações a uma grande velocidade como nunca aconteceu na história e as mudanças são difíceis de percecionar e entender por parte dos Estados, das instituições e dos cidadãos. Hoje em plena globalização assistimos aos atores privados a tomarem o lugar dos Estados e os mercados a substituírem-se aos sistemas políticos.

Os círculos e os centros de poder sofrem alterações, a geoestratégia está em constante redefinição, no palco mundial devido à emergência de países como a China, Índia, Brasil e Rússia. Assistimos à concentração de grandes grupos económicos em multinacionais, onde o poder é concentrado em interesses privados, aumentando o seu poder, que através de fortes lobbies tomam conta da governação.

As políticas públicas e as leis são feitas de acordo e com a permissão dos lobbies esmagando os interesses, os valores das comunidades e dos seus cidadãos. Esta crise é o reflexo fidedigno desta realidade. Vejamos como a sociedade portuguesa está a ser espoliada, para servir os interesses dos mercados e das elites mais ricas do país.

As previsões dos governos em Portugal são constantemente falhadas e revelam-se sempre aquém das expectativas. O governo vive numa realidade fictícia, enquanto a grande esmagadora dos portugueses vivencia uma dura realidade, onde crescem as desigualdades de rendimentos e a concentração de riqueza.

Temos hoje as principais instituições mundiais infiltradas pelos interesses dos mercados financeiros, que vergam os governos nacionais, na adoção de políticas tendentes a servir as intenções dos grandes lobbies. A revolução de que a sociedade portuguesa está a ser alvo tem como objetivos principais a redução generalizada dos salários, o desaparecimento de empresas, a criação de uma grande massa de desempregados e finalmente o depauperamento geral do país.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:35

As grandes ameaças do futuro

por franciscofonseca, em 13.01.13

O mundo na última década sofreu grandes transformações e a uma velocidade que aumentará exponencialmente no futuro próximo. Identificar os riscos futuros, de forma a poder antecipá-los é cada vez mais difícil. O problema é que cada vez mais agimos de forma reativa depois dos problemas eclodirem. A grande instabilidade macroeconómica por que passamos é disso um bom exemplo, a par dos eventos climáticos extremos, a fome, os Estados falhados e os conflitos armados.

No curto e médio prazo continuaremos a assistir ao aumento das desigualdades, na distribuição da riqueza e das dívidas públicas insustentáveis, principalmente devido as políticas erróneas do passado e do presente, implementadas a nível nacional e internacional. O risco da disseminação do fracasso financeiro sistémico, em conjunto com os desequilíbrios fiscais crónicos poderá desencadear um stress, no sistema económico global.

Os episódios climáticos extremos serão cada vez mais frequentes, as emissões de gases com efeitos de estufa continuam a aumentar. O sistema ambiental está sob um stress crescente, onde o fornecimento de água potável, a par da escassez alimentar, do aumento das temperaturas globais, a que se junta a crise económica para que aconteça a tempestade perfeita, com consequências insuperáveis.

Apesar dos gigantescos progressos na área da saúde, a humanidade sempre esteve sob ameaça de doenças infeciosas, pandemias, mutação de vírus altamente mortíferos, que estão sempre à frente da investigação científica. A crescente resistência aos antibióticos poderá levar ao desastre em termos de doenças bacteriológicas.

A era digital representa também, um risco para a humanidade, que poderá passar por uma desinformação massiva com riscos tecnológicos e geopolíticos que podem passar pelo terrorismo, disseminação de armas de destruição massiva, ciberataques, até à desgovernação global. A internet coloca online um terço da população mundial e um conteúdo ofensivo ou mal interpretado poderá despoletar crises impensáveis. A humanidade evoluirá de forma radicalmente incerta e dentro de uma complexidade crescente.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:49

A refundação da democracia com partidos X

por franciscofonseca, em 09.01.13

O governo de Portugal pediu ao FMI um estudo que prescrevesse as reformas inteligentes necessárias ao corte de 4 mil milhões de euros. As reformas inovadoras foram agora conhecidas e pronunciam ainda um maior estrangulamento da carteira dos portugueses. O doloroso esforço não chega sendo necessária mais pobreza para engordar os mais ricos.

Resumidamente, os principais cortes têm a ver com a redução do subsídio de desemprego, despedimento de 50 mil professores, aumento do horário de trabalho, acabar com o sistema nacional de saúde, fortes cortes nos salários e nas pensões dos militares e polícias, aumento das propinas, redução das tabelas salariais da função pública, despedimento de funcionários públicos, subida da idade da reforma para os 66 anos e proibição de reformas antes dos 65 anos.

Agora o governo português tem aqui a fórmula mágica para sair da crise. É só implementar as medidas à risca e Portugal transformar-se-á num país próspero e desenvolvido no curto prazo. Penso que é chegada a hora de refundar este ultraje democrático, de forma a substituir a elite política e aprisionar os banqueiros que roubaram e muito contribuíram e continuam a contribuir para a crise atual.

Hoje em Estanha foi anunciado um novo partido que se chama “Partido X” criado por seguidores do movimento de contestação 15 M. Este partido apresentado na internet constituí um método ao serviço de todos, que só toma a forma de partido para levar a cabo a refundação da democracia. O programa foi explicado e os seus objetivos passam por um sistema diferente de voto real e permanente, a legislação feita por todos assim como sua votação. Referem ainda se os políticos são o problema, eles serão o grande problema para os políticos.

O partido X entra no espectro político espanhol para desalojar os políticos do espaço eleitoral em que estão entrincheirados. Outra máxima consiste que a melhor maneira de garantir um bom futuro é criá-lo. A Internet é a ferramenta de trabalho sendo um dispositivo de comunicação e ação. Esta forma de intervenção dos cidadãos na gestão política foi experimentada na redação da Constituição islandesa, nos gabinetes digitais da capital da Islândia, Reiquejavique, ou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Brasil. Penso que em Portugal é necessário uma ideia do género, existe espaço e cada vez maior no espectro político português, a refundação de ideias, de conceitos é urgente e necessária feita por pessoas, com uma nova filosofia de sociedade.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:14

Em 2013 continuaremos entroikados

por franciscofonseca, em 06.01.13

A evolução da crise na europa já conheceu vários estados, começou através contágio da crise dos Estados Unidos em 2008, depois seguiu-se a crise financeira do endividamento grego, que rapidamente alastrou à Irlanda, Portugal, Espanha, Itália e levou muitos outros países a adotarem políticas de austeridade na governação.

Presentemente, o continente europeu debate-se com uma crise financeira, económica, política, bancária, institucional e principalmente social. Todas elas estão intrinsecamente ligadas, colocam desafios muito complexos, e por sua vez exigem liderança, políticas e alterações institucionais de fundo, que a Europa neste momento não está capaz de implementar. As negociações entre 27 estados-membros são de grande complexidade.

Muitas ideias existem atualmente para resolver os problemas da Europa, mas não podem ser consideradas isoladamente sem uma perspetiva mais abrangente, do que é exequível ou não, dentro do contexto europeu. A Europa neste momento encontra-se numa encruzilhada: a desintegração que conduzirá ao colapso ou uma maior integração que levará à prosperidade. Só através da segunda opção será possível a Europa ultrapassar esta tempestade, manter o euro, e crescer economicamente de forma sustentável. 

A incerteza atual irá permanecer, pois esta crise não tem uma solução fácil. Os principais políticos europeus estão profundamente divididos quanto ao futuro e caminhos a seguir. Fora da Europa, na Ásia e Estados Unidos, existe a plena convicção que o euro irá colapsar e a desintegração será inevitável. Mas esta perceção poderá ser influenciada pelo desconhecimento histórico e pelo sensacionalismo gerado pelas más notícias.

Estou em querer que as dores vão chegar a todos os países, e quando assim for existirá uma maior união no seio da Europa. Espero que aproveitem os ganhos que resultarão dessas dores, para poderemos abrir um novo caminho de partilha e muito menos entroicado. 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:38


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.




Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2008
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D