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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
O mundo denominado desenvolvido, humanizado, assiste pávido e sereno, com uma surdez hipócrita ao genocídio de cristãos, no berço do cristianismo. No Iraque, no tempo de Sadam existiam 4 milhões de cristãos, hoje são cerca de 300 mil e com tendência para a extinção. São estes cristãos que ainda preservam a língua que cristo falava, o aramaico.
Os sistemas políticos ocidentais são perfeitamente ignorantes relativamente ao médio oriente. A intervenção militar no Iraque deixou um país com as instituições completamente destruídas, vazios de poder e incrementou os radicalismos extremistas. Hoje temos um país controlado por terroristas jihadistas, que aderiram ao Estado Islâmico, de matriz iIslamofascista, que espalham o terror com práticas medievais.
O chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, do mesmo nome do sucessor do profeta Maomé quer restaurar o califado, com um mapa ambicioso dentro de cinco anos, conquistando todo o territótio do Iraque, Síria, Jordania, Israel, Palestina, norte de África, os Balcãs até à Áustria e Espanha e Portugal.
O Qatar e a Arábia Saudita estão a financiar o Estado Islâmico, no sentido de espalhar este jihadismo salafista por toda a região. A Europa muito em breve sofrerá as consequências deste radicalismo, que não aceita mais nenhuma religião. As fileiras do Estado Islâmico contam com 50 mil combatentes que se converteram ao islamismo, provenientes na sua esmagadora maioria da Europa e dos Estados Unidos. São jovens sem identidade, sem pertença grupal, desenraizados dos valores ocidentais, que procuram acima de tudo obter reconhecimento e uma identidade.
A aliança agora constituída por 10 países pertencentes à NATO, com a intenção de acabar com o Estado Islâmico e por um fim ao genocídio de cristãos no Iraque e às decapitações de jornalistas, na minha opinião, não passa apenas de uma estratégia de maquilhagem, para tranquilizar os espíritos mais sobressaltados. É necessário colocar milhares de botas no terreno para poder desalojar estes extremistas e não vejo nenhuma coligação, nem nenhum país com capacidade para levar a cabo uma intervenção militar desta natureza.
Estamos a beira de presenciar mais um paradoxo protagonizado pelos Estados Unidos, com as alianças que estão prestes a acontecer com o Irão e a Síria, ou seja, uma aliança entre três inimigos eternos. Mas como os EUA têm cometido erros estratégicos sucessivos nestes territórios, será de prever que aconteça mais um erro colossal, que marcará, porventura, a história da humanidade. Já agora espero que não se esqueçam de se coligar também com a Rússia, de forma a tornar o passo mais curto para o caos global.
A todos os leitores deste blog as minhas desculpas por esta ausência, mas tenho andado com os neurónios adormecidos. O post de hoje é dedicado ao mudar de página. Os nossos insucessos e os obstáculos que experimentamos nas nossas vidas, para a grande maioria das pessoas são problemas terríveis, mas devemos encara-los como novas oportunidades.
Não era espectável que nos dias de hoje vivêssemos numa sociedade com tantos problemas e desequilíbrios, que geram tanta incerteza e induzem um sentimento negativo na vivência da esmagadora maioria das pessoas. Os portugueses têm sido de um estoicismo fantástico. Chegou a hora de mudar as páginas e preparar o futuro transformando o negativo em positivo.
Somos um povo com qualidades inigualáveis demostradas dentro e além-fronteiras. A empatia é sem dúvida uma delas, sendo crucial para o sucesso pessoal e global, como também o são o saber fracassar, o valor da vulnerabilidade, a ambição e a cultura organizacional onde nos inserimos.
Depois desta grande tragédia financeira e social que estamos a experimentar, temos de nos recompor e renascer com uma força adicional. A este comportamento chama-se resiliência, sendo a resposta ideal a qualquer tipo de adversidade. É assim que temos de responder a opção dos governos pela hegemonia da economia sobre as pessoas e ao crescimento económico sem limites à custa da dignidade humana. A economia tem pois que estar ao serviço das pessoas e não estas ao seu serviço. Este tem de ser o novo paradigma da renovada sociedade.
O fosso crescente entre os que mais qualificações e dinheiro têm e os pobres sem competências constitui uma tendência, que atravessa todos os grupos etários. A inovação acelerada aumentou os rendimentos dos que usufruem de competências elevadas ao mesmo tempo que “apertou” os dos trabalhadores não qualificados.
Os mais abastados estão a trabalhar mais horas anualmente do que os seus congéneres das bases. E os bem qualificados estão a estender as suas vidas profissionais, comparativamente ao que menos qualificações têm. As consequências desta tendência, para os indivíduos e para a sociedade, são profundas.
O mundo está à beira de uma ascensão impressionante do número de idosos, os quais viverão muito mais tempo do que em qualquer outro período da história humana. A população global com mais de 65 anos irá quase duplicar, de 600 milhões para 1, 1 mil milhões, que irão fazer “implodir” os orçamentos dos governos.
Os idosos abastados irão acumular mais poupanças, o que enfraquecerá a procura. A desigualdade irá aumentar e uma quota crescente da riqueza será eventualmente transferida para a geração seguinte, através de heranças, consolidando ainda mais a divisão entre vencedores e vencidos.
O aumento crescente de eleitores idosos e a sua desproporcional propensão ao voto tornaram os políticos mais disponíveis, para ceder à velha ordem das coisas do que para implementarem reformas disruptivas. A Alemanha, apesar de ser o país com o ritmo mais acelerado de envelhecimento da Europa, planeia reduzir a idade de reforma estatutária para algumas pessoas, mas enquanto isso obriga outros países a aumentar essa mesma idade.
Nos tempos vindouros, os políticos precisam de convencer os eleitores mais velhos e menos qualificados de que trabalhar durante mais tempo serve os seus interesses. Conseguir solucionar este problema não será de todo fácil. Mas como alternativa resta-nos a estagnação económica e uma desigualdade cada vez maior, o que a meu ver será muito pior.
Portugal festejou 40 anos de liberdade no passado 25 de Abril. Os valores que estiveram na origem da revolução dos cravos estão hoje em profunda crise. Presentemente, o nosso país apresenta profundos desequilíbrios a todos os níveis, muito por culpa das elites governantes, que em vez de se preocuparem, com o interesse Nacional e público, estiveram mais preocupadas com interesses pessoais e corporativos, ao longo dos últimos 40 anos.
Os sistemas de governos liberais que proliferaram um pouco por todo o mundo produziram lixo social, que cada vez mais levam e continuarão a levar às ruas milhares de pessoas, que se sentem terrivelmente maltratadas e violadas nos seus direitos e deveres.
Os movimentos da sociedade civil, intelectuais, economistas de todo o mundo têm vindo a refletir e a propor alternativas ao sistema vigente, que pudesse de alguma forma significar um regresso aos valores que estiveram na base da revolução. Esta alternativa tem de assentar na centralidade da pessoa humana, que possa significar, para lá do arbitrário, viver bem, ter uma vida boa, baseada na ética e moral, que o respeito próprio e a autenticidade de cada um implicam em si mesmos.
Hoje, a sociedade está baseada em valores, que levam a uma desenfreada e gananciosa procura e acumulação de riqueza, que com a crise económico-financeira, se optou pela ditadura dos números e pela chacina humana, resultando, um tremendo descontentamento e indignação das populações em geral.
Temos de ter a coragem de inaugurar um novo tempo, com novos paradigmas, capazes de colocar no centro de toda a governação o ser humano, o seu incondicional valor e dignidade para lá da economia, e os valores da liberdade, do trabalho, da habitação, da saúde, da proteção social, da educação e tantos outros, pelos quais o 25 de Abril de 1974, em Portugal, se tornou uma revolução urgente e necessária, mesmo para além fronteiras.
Com o passado compreendemos o presente. Manter a sustentabilidade como prática responsável da liberdade só é possível em comunidade, pelo diálogo e cooperação. Mas, chegou tempo de dizer não às partidocracias, aos parlamentos sem povo, aos interesses de famílias. Lutar por políticas que não encontrem nunca mais no empobrecimento, no desemprego, na perda de casa, da família, da comunidade, no abandono e na exclusão social, mas sim em políticas que construam comunidades da sociedade civil possantes, imbuídas de consciência política e práticas de cidadania.
A crise causada pelo setor financeiro é paga por todos os contribuintes, em situação de maior fragilidade económica, mas que pagam o preço mais elevado, sem que tenham culpa da hecatombe que assolou Portugal. O crescimento económico é praticamente nulo, havendo um constante e assustador aumento do desemprego e do número de pessoas a viver na pobreza.
No nosso país o sistema de proteção social está sob grande tensão, o que deixa as populações desfavorecidas numa situação muito delicada, os cortes nos serviços públicos afetam fortemente os grupos com rendimentos mais baixos, e os problemas de acesso aos serviços de saúde têm um impacto cada vez mais negativo, na vida das pessoas.
A estratégia da austeridade está a resultar num estrondoso falhanço, quer em termos económicos, quer em termos sociais, e revela-se um processo doentio e extremamente injusto para as populações mais vulneráveis.
É insustentável e obsceno, que sejam os contribuintes mais frágeis os responsáveis por pagarem as dívidas dos bancos a coberto do governo. O sistema financeiro não pode estar isolado de risco, com consequentes incentivos ao comportamento imprudente. É necessária uma liderança que se responsabilize pelo bem-estar dos seus cidadãos, principalmente dos mais pobres e vulneráveis, e não o contrário como acontece nos dias de hoje.
A pobreza nacional, em consequência do aumento de impostos, dos cortes salariais e do aumento do número de desempregados, é um fator que torna as desigualdades entre ricos e pobres mais evidentes. Este otimismo que reina na classe governante não é mais que um nevoeiro informacional em tempo eleitoral.
O futuro de Portugal e dos portugueses passa pelas nossas mãos. Todos temos de fazer a nossa parte, que passa por uma varredura geral e profunda, em todo o sistema político e nas instituições que suportam os lóbis partidários. Não podemos continuar a viver sob uma governabilidade ditada pelo sistema financeiro, que controla e alimenta todos estes new boys.
Os níveis de direitos políticos e liberdades civis em todo o planeta estão a sofrer um declínio. Em 195 países, apenas 88 são considerados como livres. Apesar de tantos progressos, a verdade é que o mundo parece estar a andar para trás devido a uma erosão generalizada no que respeita à liberdade global.
Nações como a República Central Africana, o Mali e, na ordem do dia, a Ucrânia, sofreram reveses devastadores em termos democráticos. A democracia parece estar a ser assombrada por um aumento visível de autoritarismo em várias regiões do globo.
Um autoritarismo moderno está a tocar em quase todas as regiões do mundo, com destaque para a China, na Eurásia e no Médio Oriente. O regime autoritário da Rússia tem cometido atrocidades, perseguindo tanto dissidentes políticos como minorias vulneráveis, para desencorajar alguns países vizinhos a iniciarem acordos com a União Europeia. Os últimos desenvolvimentos na Ucrânia, que em Fevereiro último provocaram dezenas de mortos, ao que se seguiu a atual situação que se vive na Crimeia são um bom exemplo disso mesmo.
A Primavera Árabe de 2011 e que parecia, finalmente, estar a seguir a marcha certa para atingir a democracia, acabou por dar vários passos atrás. As ditaduras e as monarquias da região continuaram a trabalhar para fortalecer as forças da repressão da contrarrevolução e do extremismo. A Síria, por seu turno, continua a descer a pique numa guerra civil multilateral, em conjunto com uma devastadora e vergonhosa crise humanitária.
Na África subsaariana, a qual tem sido, nos últimos anos, uma das mais politicamente voláteis regiões do mundo, assiste-se a golpes de Estado, insurgências e repressões autoritárias. Também na América do Sul, Nicolás Maduro, rapidamente enfraqueceu a imprensa livre e ameaçou vários grupos da sociedade civil que se opunham ao seu regime.
A crise de confiança na democracia ocidental atravessa os Estados Unidos, em particular, e a Europa no geral. Na maioria dos países que compõem o Velho Continente, assistimos ao incremento de sentimentos crescentes de nacionalismos, em particular como resposta ao fluxo crescente de imigração em muitos países europeus. Por outro lado, basta recordar o recente referendo “contra a imigração em massa” aprovado por 50,3% dos eleitores suíços e resultante da iniciativa da direita nacionalista do Partido do Povo Suíço. Mas é o aumento de grupos extremistas xenófobos que maiores preocupações deveriam gerar, na minha opinião, no seio das principais instituições europeias.
A maioria das pessoas acredita que são pessoas com um forte sentido de ética, mas a realidade é bem diferente. As pessoas têm tendência para se julgarem a si mesmas de acordo com os seus pensamentos e intenções e não pelo que realmente fazem. Mas, o mais importante é avaliarmos a nossa própria ética da mesma forma que avaliamos as das outras pessoas, ou seja, através do seu comportamento.
A realidade diz-nos saber o que é melhor, mas optar pelo que é pior. Avalie o seu próprio comportamento e pense como iria avaliar ou julgar uma outra pessoa, que fizesse exatamente a mesma coisa. A lealdade é um caso interessante para testar a ética. A maioria das pessoas clama valorizar a lealdade, mas tal como acontece com a ética, as suas ações contam uma história bem diferente. Por exemplo, as pessoas que dizem ser leais podem estar a trabalhar para uma organização que contribuiu para o seu desenvolvimento e crescimento, mas assim que recebem uma oferta ligeiramente melhor, acabam por mudar de ares.
Nas instituições fortemente hierarquizadas, sempre que alguém abre a boca para identificar um problema, o instinto imediato do superior hierárquico é magoar essa pessoa. Não existe uma verdadeira cultura que proteja verdadeiramente os colaboradores que informam de questões significativas. As represálias ainda fazem parte do nosso quotidiano e essas pessoas julgam ter uma forte ética.
Outra prática que deveria ser implementada passa pela criação de um ambiente de trabalho no qual os funcionários se sintam seguros em falarem de assuntos negativos. Quando se diz aos colaboradores para falarem das suas preocupações, tem de se estar preparado para o facto de 99% das mesmas não serem devidamente preocupantes. Mas um por cento que resta pode ser suficiente para alterar o futuro da organização.
Quando existem más notícias ou quando é necessário discutir algum assunto melindroso, a sua disponibilidade para arcar com as consequências consiste num bom indicador da sua ética. Então a sua ética é assim tão forte como julga?
O desemprego massivo que existe nos países desenvolvidos está a criar uma nova realidade no mercado laboral. Os trabalhadores independentes representam, atualmente, cerca de um terço da força de trabalho. Estima-se que até 2020, 40% dos trabalhadores dos países desenvolvidos estejam a trabalhar neste tipo de regime.
Alguns lamentam esta mudança histórica do trabalho assalariado e a tempo inteiro. À medida que os horários flexíveis e a comunicação ubíqua se tornam norma, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional que sempre tentámos alcançar está agora mais perto.
O sucesso em 2014 está menos associado à riqueza e mais aos valores, nomeadamente ao valor do tempo, da comunidade e do bem-estar. À medida que a disponibilidade para as 40 horas de trabalho semanais diminui, o mesmo acontece com o seu apelo. Quem deseja um “relógio de ponto” no final do dia quando é possível ditar os próprios horários? A semana de trabalho tradicional passou a ser vista como uma prisão do passado. Gerir o nosso próprio tempo não é apenas recompensador, mas igualmente prático e eficaz.
Nos contratos “antigos”, o trabalho vinha antes de tudo o resto, até da saúde. E, em troca de se trabalhar como um escravo, recebia-se um salário certo e, com sorte, um pacote de benefícios decente. Na atualidade, os trabalhadores independentes estão a substituir esse velho contrato por algo melhor e muito mais saudável.
Estes novos trabalhadores valorizam a alimentação saudável, as idas ao ginásio ou a prática do ioga, para reduzirem os níveis de stress e trabalhando em lugares cheios de luz e ar menos poluído. Para estes trabalhadores, o sucesso no trabalho significa ser-se saudável o suficiente – física e mentalmente – para ser possível gozar a vida. A força de trabalho está a mudar e a definição de sucesso está a acompanhar esta mudança. Para os trabalhadores independentes, a liberdade no trabalho, uma vida saudável, e a pertença a uma comunidade constituem o sucesso que os trabalhadores querem obter presentemente.
A pressão de recursos que afeta a administração pública, no contexto da reforma do Estado está também a afetar as instituições responsáveis de prevenir e lidar com a corrupção em Portugal. Ao longo dos últimos anos, várias foram a tentativas políticas para abordar a corrupção, mas todas se revelaram infrutíferas. Assim sendo, não existe nenhuma estratégia nacional de combate à corrupção.
O poder político tem de assumir o combate à corrupção como um desafio complexo e permanente. As deficiências na investigação, nos processos e nas sentenças nos casos de corrupção são fragilidades que têm de ser continuadamente aperfeiçoadas.
O país tem de estabelecer um histórico bem-sucedido de processos de alegada corrupção, assegurando que a aplicação e a execução da lei sejam eficazes, que as autoridades judiciárias estejam devidamente equipadas para lidar com os mesmos e que exista um reforço da cooperação entre os mecanismos de controlo e os organismos responsáveis pela aplicação da lei.
O funcionamento dos partidos políticos tem de ser baseado em códigos de conduta, para representantes eleitos aos níveis central e local, com medidas de responsabilização e aplicação de sanções para abordar possíveis violações. É urgente o estabelecimento de códigos éticos no interior dos partidos ou pactos de ética entre os diferentes partidos, por forma a salvar a democracia.
Por outro lado devem existir requisitos mínimos no que respeita a conflitos de interesses, a práticas danosas, a incompatibilidades em conjunto com a obrigatoriedade na divulgação das declarações de rendimentos para representantes eleitos, assegurando mecanismos de monitorização efetivos e sanções dissuasoras.
Outro buraco negro existente no nosso país tem a ver com a transparência e a verificação ex ante e ex post dos procedimentos dos contratos públicos, em conjunto com a monitorização na sua fase de execução, incluindo contratos concluídos por empresas detidas pelo Estado e pelas parcerias público privadas. Deve-se aumentar a prevenção, a deteção e a sensibilização para os conflitos de interesses existentes no interior destes contratos públicos, assegurando a aplicação de regras de divulgação dos rendimentos para os funcionários responsáveis pela adjudicação desses contratos.
Por último, mas não menos importante, avaliar uma amostra representativa de decisões de planeamento urbano em projetos concluídos recentemente ao nível local de forma a identificar os fatores de risco e melhorar continuamente a eficácia das medidas preventivas, incluindo a transparência na tomada de decisões. Estas devem ser as principais linhas estratégicas, a ser seguidas no combate à corrupção em Portugal.
A grande esmagadora maioria dos problemas que despiu Portugal passa pela não existência de uma visão e consciencialização intergeracional. Temos que por termo ao eterno problema dos chamados interesses próprios e corporativos e conseguir uma visão verdadeiramente estratégica, para enfrentar os desafios que o país tem pela frente.
Por outro lado, uma parte significativa das instituições continua a trabalhar de acordo com princípios e regras estabelecidas em meados do século passado, que estão obsoletas. É decisivo que se adaptem ao mundo híper conectado da atualidade. A máquina do Estado necessita de uma verdadeira reforma.
Vivemos tempos de complexidade crescente. Os problemas podem atingir uma escala muito maior e a um ritmo muito mais rápido, comparativamente à sua possível resolução e as instituições governativas terão de dar uma resposta célere, que satisfaça a esmagadora maioria dos cidadãos.
O curto prazo que norteia os ciclos políticos e empresariais tem de se reconfigurar para ciclos de medio e longo prazo. São necessários compromissos de visão estratégica, que vão muito para além dos interesses partidários e empresariais do momento, mas que são fundamentais para o futuro de Portugal. São muitos os exemplos que demonstram de que forma grupos, outrora dispersos, se uniram para dar origem a progressos significativos na sociedade.
Os portugueses sentem necessidade de maior envolvimento político e confiança pública. A política não se conseguiu adaptar aos novos métodos, nem aos novos níveis de participação e de cidadania. Temos de ter consciência que a revolução digital chegou para ficar, as redes sociais tornaram-se ubíquas, uma economia da partilha nasceu, avanços científicos mudam as nossas vidas e as vozes das pessoas reinventam mercados e derrubam governos.
Temos de tomar consciência do presente para podermos perspetivar o futuro, relativamente aos progressos na ciência e na tecnologia, aos mercados e as gerações em transformação, ao aumento dos riscos globais, a complexa luta contra o desemprego e, por último, a sobrevivência num mundo cada vez mais incerto e imprevisível. Se continuarmos despidos, a culpa será de todas as gerações.
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